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Estado de Minas

Política salpicada de escândalos na Europa


postado em 01/06/2018 11:30

A exemplo do caso que levou à queda do chefe do governo espanhol, Mariano Rajoy, nesta sexta-feira (1º), vários escândalos político-financeiros varreram a Europa nos últimos seis anos, levando à demissão de dirigentes e à condenação de alguns deles na Justiça.

Na Espanha, o primeiro-ministro conservador foi derrubado por uma moção de censura apresentada pelo Partido Socialista (PSOE), após a condenação da sigla de Rajoy, o Partido Popular (PP), em um processo por corrupção.

A condenação, de 24 de maio, é o desfecho judicial do "caso Gürtel": 29 pessoas, entre elas vários ex-nomes da cúpula do partido, ou eleitos do PP, foram condenadas a um total de 351 anos de prisão.

- Eslováquia: jornalista assassinado -

No final de fevereiro de 2018, o duplo homicídio de um jornalista anticorrupção Jan Kuciak e de sua noiva mergulhou a Eslováquia em uma crise que levou à renúncia, em meados de março, do primeiro-ministro Robert Fico. Um mês depois, foi a vez do ministro do Interior e do chefe da Polícia.

O jornalista investigava justamente um caso de corrupção envolvendo a máfia italiana e políticos eslovacos, incluindo a equipe do chefe de governo.

- Romênia: o peso da corrupção -

Em outubro de 2015, o incêndio de uma boate em Bucareste, que deixou mais de 60 mortos, deflagrou uma onda de protestos contra uma classe política corrupta. Provocou a demissão do chefe de governo, Victor Ponta (PSD), alvo de vários processos.

Agora em maio, o ex-premiê foi absolvido em primeira instância, em um processo no qual era acusado de falsificação e de lavagem quando era advogado.

- Itália: a novela Berlusconi -

Silvio Berlusconi, três vezes chefe de governo entre 1994 e 2011, teve inúmeras questões na Justiça. Até o momento, o ex-Cavaliere teve apenas uma condenação definitiva, em agosto de 2013, em uma fraude fiscal que lhe valeu ter de prestar trabalhos de interesse geral, assim como sua cadeira no Parlamento.

Ele acaba de ser "reabilitado" pelo tribunal de Milão e recuperou sua elegibilidade.

- Alemanha: 700 euros em jogo -

Desde o escândalo de caixa 2 da CDU, em 1999, que levou o então chanceler Helmut Kohl (1982-1998) a pagar uma pesada multa, a Alemanha se mostra cautelosa.

Nesse contexto, em 2012, o presidente da República Cristã, Wulff, teve de renunciar, acusado de tráfico de influência por aceitar um presente de 700 euros de um produtor de cinema, além de pressionar a imprensa para bloquear as informações sobre seus vínculos financeiros com um empresário. Ele seria solto dois anos depois.

- Reino Unido: relatórios de despesa suspeitos -

De 2004 a 2009, mais da metade dos deputados cometeu irregularidades em seus relatórios de despesa, da ordem de pelo menos um milhão de euros, de acordo com uma auditoria privada em fevereiro de 2010, alguns meses depois de revelações do "Daily Telegraph".

Assim, foram reembolsados para os eleitores um abrigo flutuante para patos, caixas de fósforo, filmes pornôs, ou juros de empréstimos hipotecários inexistentes, entre outros.

O caso levou às demissões da ministra trabalhista do Interior, Jacqui Smith, e do presidente da Câmara dos Comuns, Michael Martin. Sete parlamentares, conservadores, ou trabalhistas, serão condenados a penas de prisão em regime fechado.

- Eslovênia: por baixo dos panos -

O primeiro-ministro conservador Janez Jansa foi derrubado em fevereiro de 2013 pelo Parlamento, depois de várias semanas de manifestações. Questionado por irregularidades em sua declaração de renda, foi acusado de ter recebido propina referente a um contrato de armamentos em seu mandato anterior (2004-2008). Foi condenado a dois anos de prisão em regime fechado.

- República Tcheca: abuso de poder -

Em junho de 2013, o primeiro-ministro de centro-direita Petr Necas renunciou, na sequência de um escândalo de corrupção e de abuso de poder, envolvendo sua colaboradora mais próxima e amante. O Ministério Público não abriu processo contra ele.

- Bélgica: 'Fortisgate' -

O primeiro-ministro cristão-democrata Yves Leterme deixou o cargo em dezembro de 2008, acusado de ingerência nas decisões judiciais para salvar o banco Fortis da falência, no que ficou conhecido como o "Fortisgate".

Ele acaba inocentado das acusações após uma investigação, reassumindo como premiê de 2009 a 2011.


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