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Estado de Minas

EUA corre contra o tempo em negociações com UE, China e do Nafta


postado em 15/05/2018 16:30

Os Estados Unidos estão numa corrida contra o tempo para alcançar acordos com a União Europeia, a China, Canadá e México. Nesta semana, esgotam-se prazos cruciais para as negociações comerciais, especialmente do Acordo de Livre-Comércio da América do Norte (Nafta).

Os próximos dias são cruciais para o futuro do Nafta - tratado entre Estados Unidos, México e Canadá vigente desde 1994 e que o presidente Donald Trump forçou a renegociar por considerá-lo prejudicial para seu país.

Negociadores trabalham desde agosto na revisão deste pacto e nesta segunda Trump e o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, falaram sobre a necessidade de chegar rapidamente a um acordo, segundo funcionários dos dois países.

Mas o ministro de Economia do México, Ildefonso Guajardo, disse nesta terça que dificilmente se chegará a um acordo nos próximos dias.

"A possibilidade de até quinta-feira termos toda a negociação não é fácil, não achamos que dê até quinta-feira", disse à Televisa o ministro de Economia Ildefonso Guajardo.

Ele acrescentou que as negociações podem continuar depois de quinta-feira, inclusive depois das eleições gerais do México de 1 de julho.

Mas o presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Paul Ryan, disse na semana passada que espera um acordo por escrito sobre o Nafta até quinta-feira, para que o Congresso tenha tempo suficiente para lidar com o assunto antes das legislativas de novembro.

As legislativas põem em risco a atual maioria dos republicanos no Congresso. Se a oposição democrata vencer, as negociações do Nafta terão outra dinâmica.

Atualmente, as negociações estão travadas pelas "regras de origem". Washington exige que os carros fabricados nos países do Nafta tenham mais componentes americanos para que possam ser importados livres de tarifas.

A revisão do Nafta também é vital por outro motivo: em 31 de maio vence a exoneração das tarifas sobre o aço e o alumínio oferecida pelos Estados Unidos ao México e ao Canadá.

- Negociações com a UE -

A situação com a União Europeia (UE) também é dificultada pelas tarifas sobre aço e alumínio. Ross recebe a comissária de comércio europeia Cecilia Malmström nesta terça-feira para uma discussão decisiva.

"À medida que nos aproximamos do prazo de 1 de junho, espero que cheguemos a uma conclusão razoável, caso contrário as tarifas entrarão em vigor", disse Ross nesta segunda.

Ele indicou que países como a Coreia do Sul aceitaram cotas de exportação que têm um efeito semelhante ao das tarifas, mas até agora "os europeus não aceitaram nada".

A UE insiste que os países aliados devem ter isenções tarifárias permanentes, e Bruxelas se recusa a negociar sob a ameaça de tarifas.

- China e ZTE -

Nesta terça, os Estados Unidos também terão diálogos comerciais com o vice-primeiro-ministro da China, Liu He, que estará em Washington até sábado.

Washington ameaçou impor tarifas a produtos chineses por 150 bilhões de dólares por considerar que Pequim tem práticas comerciais desleais e vulnerabiliza direitos de propriedade intelectual. A China replicou ameaçando taxas a importação de bens americanos por 50 bilhões de dólares.

Também estará na mesa de negociações o caso da gigante das telecomunicações do país asiático ZTE, sobre a qual Washington impôs em abril sanções por transgredir embargos ao Irã e à Coreia do Norte.

As sanções incluem a exportação para a ZTE de microprocessadores vitais para seus smartphones, e a empresa disse que praticamente paralisou suas atividades por isso.

Trump ordenou que Ross busque uma saída para esse crise, e isso poderia pesar na obtenção de um compromisso mais global sobre os intercâmbios bilaterais.

Trump fez comentários sobre o comércio com a China nesta terça, mas não deu detalhes. "As negociações continuarão", garantiu no Twitter.


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