O ex-chefe da polícia guatemalteca Erwin Sperisen foi condenado nesta sexta-feira a 15 anos de prisão por cumplicidade no assassinato de sete réus em 2006, no terceiro julgamento relativo a um caso de dez execuções extrajudiciais na Guatemala, informou a Corte de Apelações de Genebra.
Sperisen foi absolvido da morte de outros três presos que fugiram da prisão de El Infiernito em 2005, indicou a corte.
Sperisen, de nacionalidade guatemalteca e suíça, havia sido condenado a duas prisões perpétuas: em 2014 e 2015 por dez assassinatos, sete deles cometidos em 2006 durante uma operação para retomar o controle da prisão de Pavón e três entre um grupo de foragidos do presídio de Infiernito, em 2005.
O Tribunal Federal, instância máxima judicial suíça, pediu uma revisão do processo por questões técnicas.
Seus advogados, que pediram uma pena máxima de sete anos e meio, e informaram que vão apelar da sentença.
Devido a sua dupla nacionalidade, Sperisen não pode ser extraditado para a Guatemala, país que requer sua presença para responder às acusações de participação direta ou indireta na chacina dos presidiários em 2005 e 2006.