Os Estados Unidos prorrogaram nesta sexta-feira a declaração de "emergência nacional" com relação à Venezuela, por considerar que a situação gerada pelo governo de Nicolás Maduro permanece uma ameaça à segurança nacional e aos interesses de Washington, informou a Casa Branca.
A declaração de "emergência nacional", que permite ao presidente americano aplicar sanções contra um país além do que for aprovado pelo Congresso, foi emitida no dia 8 de março de 2015, pelo então presidente Barack Obama.
O decreto, cuja vigência foi estendida em 2016 e 2017 por Obama, se baseia na existência de violações dos direitos humanos, censura à imprensa, detenções arbitrarias, perseguição de opositores e uma "exacerbada" corrupção governamental.
Em 24 de agosto de 2017, o presidente Donald Trump adotou "medidas adicionais" em relação a esta declaração de "emergência nacional".
Trump fundamentou sua nova ordem executiva diante da deterioração das circunstâncias que motivaram a primeira declaração, incluindo "graves abusos contra os direitos humanos e as liberdades fundamentais", "aprofundamento da crise humanitária", "instalação de uma Assembleia Constituinte ilegítima", "corrupção pública desenfreada" e "repressão" a dissidentes.
"As circunstâncias descritas não melhoraram e continuam representando uma ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional e à política externa dos Estados Unidos", destaca Trump em sua decisão.
Consultada na quinta-feira sobre um eventual embargo petroleiro de Washington a Caracas, a porta-voz do departamento de Estado Heather Nauert disse que o governo avalia "todas as opções" para "restaurar a democracia na Venezuela".