Susan Braudy, jornalista e autora de dois livros, disse que sofreu com esta conduta abusiva durante a década de 1980, quando era encarregada do escritório em Nova York da Stonebridge Productions, de Douglas.
"Achou que era o rei do mundo e que podia me humilhar sem nenhuma repercussão", disse à emissora NBC.
O caso da masturbação ocorreu em uma reunião de trabalho em seu apartamento em 1989, quando Douglas estava no auge da sua carreira, após protagonizar filmes como "Wall Street: poder e cobiça" e "Atração fatal".
"Escorregou até o chão, abriu o cinto, colocou sua mão dentro da roupa de baixo e começou a se acariciar. Estava com muito medo", recordou.
Braudy - autora de vários livros e indicada a um Pulitzer - assinalou que em sua experiência com Douglas lidou quase sempre com uma linguagem profana e sexual, sem contar os comentários sobre sua vida sexual, suas amantes e as observações degradantes sobre a aparência da então funcionária.
Douglas se adiantou na semana passada, em uma "iniciativa preventiva", ao negar a denúncia, que ainda não tinha se tornado pública. Tampouco era sabido que era Braudy.
"Nem sequer sei por onde começar, é uma mentira completa, uma invenção, não há nada de verdade nisso", disse à imprensa especializada.
"É extremamente doloroso", continuou o filho da lenda do cinema Kirk Douglas. "Não tenho corpos no armário, ou alguém mais que esteja revelando, ou dizendo o mesmo, não consigo entender o motivo de, depois de 32 anos, isto sair agora".
Uma onda de escândalos sexuais teve início em outubro em Hollywood, começando com denúncias de assédio, abuso e violência contra o outrora poderoso produtor Harvey Weinstein.
Personalidades como Kevin Spacey, Brett Ratner, Dustin Hoffman e Louis C.K. também figuram na longa e aterradora lista de agressores.
Recentemente, James Franco e Woody Allen negaram acusações contra eles.
O sindicato de produtores enviou aos seus mais de 8.000 membros recomendações para evitar o assédio sexual na indústria.