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Estado de Minas

Isabel Allende adverte para o risco de se dar a democracia como certa


postado em 16/11/2017 17:16

A escritora chilena Isabel Allende advertiu durante uma conversa em Miami que "é preciso permanecer alerta" diante do avanço dos movimentos de ultradireita nos Estados Unidos e o mundo porque "o momento em que reagirmos, poderá ser tarde demais".

Falando do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e da recente onda de movimentos de ultradireita e anti-imigrantes, a autora de sucessos como "De amor e de sombra", "Paula" e "A Casa dos Espíritos" alertou que o risco de perder as instituições sempre está latente.

"Na Espanha, na Itália, na Alemanha, na Argentina...", disse a escritora, em inglês, às 500 pessoas que lotaram na noite de quarta-feira uma sala do Miami Dade College.

Allende, de 75 anos, apresentava na Feira do Livro de Miami a edição para os Estados Unidos de seu último romance "Para lá do inverno", lançada em junho deste ano na Espanha.

"O Chile teve a democracia mais sólida e longa do continente", disse como exemplo, para referir-se depois ao golpe de Estado militar que em 1973 derrubou o socialista Salvador Allende.

"Ninguém viu (o golpe) vindo, mas em 24 horas o país mudou. Minha pergunta na época e minha pergunta agora é como pode ser que em 24 horas tínhamos centros de tortura".

"Acreditamos que nossas instituições são tão fortes que algo assim nunca nos acontecerá. Mas temos que permanecer alertas. Porque damos (a democracia) por estabelecida, mas essas coisas acontecem, e o momento em que reagirmos poderá ser tarde demais", afirmou.


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