Quarenta e oito empresas de pesca assinaram nesta segunda-feira um acordo para acabar com a pesca ilegal do atum até 2020, anunciou o Fórum Econômico Mundial.
"As empresas de pesca, varejistas e empresas afiliadas assinaram hoje a declaração de rastreabilidade 'Atum 2020', no qual se comprometem a impedir que o atum pescado ilegalmente chegue ao mercado" e a proibir o trabalho forçado no mar, indicou o organizador do Fórum de Davos em um comunicado.
Entre os signatários estão gigantes do setor, como o tailandês Thai Union, número três do mundo do atum enlatado.
Os signatários "comprometem-se a vetar a pesca ilegal, clandestina e não regulamentada em sua indústria, para eliminar o trabalho forçado nos navios de pesca e proteger a saúde dos oceanos e os meios de subsistência das comunidades pesqueiras", aponta a declaração.
O acordo conta com o apoio de 18 ONGs, organizações da sociedade civil e do presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas, segundo o comunicado.
De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), cerca de um terço das reservas mundiais de peixes de todas as espécies é vítima de pesca excessiva geralmente ilegal, que a cada ano representa perdas de cerca de 24 bilhões de dólares, ou 26 milhões de toneladas de pescados, para os pescadores, diz o comunicado.