A Turquia acusou nesta sexta-feira a Alemanha de trabalhar pela vitória do "Não" no referendo de abril sobre o aumento dos poderes de Recep Tayyip Erdogan, ao anular vários comícios de apoio ao presidente turco no país.
"Não querem que os turcos façam campanha aqui, trabalham pelo não", afirmou o ministro turco das Relações Exteriores, Mevlüt Cavusoglu.
"Querem impedir a emergência de uma Turquia forte", disse.
"Se querem preservar as relações, devem aprender a comportar-se com a Turquia", completou, antes de afirmar que a Alemanha deve tratar seu país "como um sócio em igualdade de condições".
Na quinta-feira foram anulados dois comícios na Alemanha, um em Gaggenau (sudoeste), onde estava prevista a presença do ministro da Justiça turco Bekir Bozdag, e outro em Colonia (oeste), que contaria com a participação do ministro da Economia Nihat Zeybekçi.
O governo turco organiza uma campanha para promover o voto pelo "Sim" no referendo de 16 de abril sobre uma reforma constitucional que amplia consideravelmente o poder do presidente Recep Tayyip Erdogan.
Este último afirma que pretende garantir a estabilidade do país, mas a oposição denuncia uma guinada autoritária na Turquia.