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Estado de Minas

Massacre em boate de Istambul deixa 39 mortos no Ano Novo


postado em 01/01/2017 18:37

As autoridades turcas procuravam neste domingo o homem que matou 39 pessoas, pelo menos 15 delas estrangeiras, ao abrir fogo em uma famosa boate de Istambul, onde centenas de pessoas comemoravam a chegada do Ano Novo.

O ataque marca um sangrento início de ano na Turquia, após um 2016 em que o país se viu sacudido por inúmeros atentados e um golpe de Estado frustrado.

O agressor começou a atirar à 01H15 de domingo (20H15 de sábado, em Brasília) na famosa e exclusiva boate Reina, situada às margens do Bósforo, onde cerca de 700 a 800 pessoas festejavam o Ano Novo.

A emissora NTV noticiou que o atirador havia disparado entre 120 e 180 vezes durante sete minutos semeando o pânico, fazendo com que algumas pessoas se jogassem nas geladas águas do Estreito de Bósforo para escapar do massacre.

O primeiro-ministro turco, Binali Yildrim, qualificou como "infundadas" as informações da imprensa de que o autor do massacre estaria fantasiado de Papai Noel, explicou que ele havia deixado a arma no local e que havia se aproveitado do caos na boate para fugir.

"As operações de buscas ao terrorista ainda estão em andamento. Espero que seja capturado rapidamente", declarou o ministro do Interior, Suleyman Soylu, que falou de um "atentado terrorista".

Segundo o último balanço provisório das autoridades, 39 pessoas morreram, das quais pelo menos a metade seriam estrangeiras, e 65 ficaram feridas neste ataque que ainda não foi reivindicado e que o governo não imputou a nenhum grupo em particular.

Entre as vítimas fatais estrangeiras haveria, segundo as autoridades de cada país, pelo menos um cidadão belga-turco, uma israelense, três jordanianos, três libaneses, vários sauditas, um líbio, dois indianos e vários marroquinos, uma franco-tunisiana e dois tunisianos (embora um deles possa ser a franco-tunisiana falecida).

Entre os feridos estariam pelo menos quatro franceses e quatro marroquinos.

Primeiros detalhes

Pedestres deixavam flores e velas sob os olhares de dezenas de policiais armados que continuavam fazendo a segurança do local na noite deste domingo, constatou uma jornalista da AFP.

Uma lona azul cobria a fachada do estabelecimento, diante do qual havia uma poça de sangue.

Antes de entrar e abrir fogo na boate, muito frequentada por estrangeiros, o atirador matou um policial e um civil que estavam em frente à discoteca, informou o governador da cidade, Vasip Sahin.

"É um ataque terrorista", insistiu Sahin em uma coletiva de imprensa.

"De uma forma selvagem e implacável, metralhou as pessoas que simplesmente vieram celebrar o Ano Novo", declarou o governador.

As autoridades tinham anunciado a mobilização de 17 mil policiais em Istambul para as festividades do Ano Novo. Além disso, informaram que alguns policiais estariam fantasiados de Papai Noel para detectar qualquer anomalia entre a multidão.

"Havíamos vindo passar um momento legal, mas tudo se transformou em caos, em uma noite de terror", explicou à AFP Maximilien, um turista italiano que estava na fila para entrar quando o atirador chegou.

O jogador de futebol Sefa Boydas, que também estava na festa, contou à AFP que, conforme avançava para escapar do pesadelo, "as pessoas pisoteavam umas as outras".

Semear o caos

O ataque suscitou uma onda de indignação no mundo. Washington, Moscou, Paris e Berlim, assim como o papa Francisco, o condenaram firmemente.

Em sua primeira reação ao massacre, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, afirmou neste domingo que este atentado busca "destruir a moral do país e semear o caos tomando deliberadamente como alvo a paz da nação e dos civis com estes ataques de ódio".

"A Turquia está determinada a seguir lutando até o fim contra o terrorismo", acrescentou o presidente.

A Turquia tem sido alvo de ataques vinculados à rebelião separatista do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) ou atribuídos ao grupo extremista Estado Islâmico (EI), que atingiram em especial Istambul e Ancara.

A agência de notícias Firat, próxima ao PKK, citou seu líder Murat Karayilan dizendo que nenhuma força curda estava envolvida no ataque.


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