A justiça indiana proferiu nesta segunda-feira cinco penas de morte pelo caso das duas bombas que explodiram em 2013, em Hyderabad (sul), provocando 18 mortes.
Yasin Bhatkal e seu irmão, Riyaz, ambos suspeitos de terem fundado o proscrito movimento islamita Indian Mujahideen, e três de seus associados foram declarados culpados dos atentados de fevereiro de 2013, cometidos em um mercado muito frequentado.
Outras 131 pessoas ficaram feridas nos ataques, segundo a Agência nacional de investigações.
Riyaz Bhaktal, que teria orquestrado o duplo atentado, está foragido e consta da lista das pessoas mais procuradas da Índia. Os outros quatro acusados, ao contrário, presenciaram a leitura de sua sentença.
"Os cinco são acusados de assassinatos, traição e atos de terrorismo, razão pela qual foram condenados à morte", disse um advogado à imprensa.
Este caso é considerado entre os mais raros, os únicos para os quais o Supremo Tribunal aceita que se pronuncie a pena capital.
O movimento Indian Mujahideen começou a dar o que falar em novembro de 2007, após uma série de explosões ocorridas no estado de Uttar Pradesh (norte).
Desde então, foi acusado de lançar atentados em Mumbai, Bangalore, Nova Délhi e Pune, entre outros.
Este movimento é considerado a rede de grupos de militantes islamistas mais estendida na Índia.
Os Indian Mujahideen também estiveram envolvidos em ataques a bomba em julho de 2013 em Bodh Gaya, local inscrito no patrimônio mundial da humanidade da Unesco e muito reverenciado pelos budistas.