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Estado de Minas

Líderes europeus e Obama alertam contra o isolacionismo de Trump


postado em 18/11/2016 14:07

Os líderes europeus e o ainda presidente americano Barack Obama advertiram nesta sexta-feira, em Berlim, Donald Trump, apelando à manutenção da cooperação na Otan, apesar da postura isolacionista que o presidente eleito dos Estados Unidos de favorecer.

Após um último encontro com Obama, a chanceler alemã Angela Merkel e seus colegas, a britânica Theresa May, o espanhol Mariano Rajoy, o italiano Matteo Renzi e o francês François Hollande, disseram concordar de forma unânime em manter as sansões contra a Rússia, segundo a Casa Branca.

Eles não citaram diretamente o presidente americano eleito, mas o alvo era claro uma vez que suscitou grande preocupação nas capitais europeias levando uma mensagem protecionista e mais isolacionista.

Se suas intenções permanecem obscuras, ele já criticou a Otan, cujo princípio se baseia na solidariedade entre membros em caso de agressão, e prega uma aproximação de Moscou, apesar do conflito na Ucrânia e a intervenção russa na Síria.

Os líderes, reunidos uma última vez em Berlim antes que Barack Obama ceda o poder a Donald Trump em 20 de janeiro, reafirmaram a "importância da cooperação dentro de instituições multilaterais, incluindo a Otan", indicou a presidência americana.

Emoção para Obama, pressão para Putin

Eles também estão "unanimemente de acordo com o fato de que (...) as sanções contra a Rússia ligadas à Ucrânia devem permanecer em vigor" até a implementação do acordo de paz no país, o chamado de Minsk.

A chanceler também não deixou de ressaltar que os avanços nesta questão eram "invisíveis".

Na comitiva de Hollande, foi enfatizado que os seis líderes queriam continuar a exercer pressão sobre o presidente russo, Vladimir Putin.

Os dirigentes pediram mais uma vez o fim dos ataques do regime sírio, da Rússia e do Irã contra a cidade de Aleppo. "Fomos unânimes em condenar as atrocidades que ocorrem lá (em Aleppo)", garantiu Theresa May.

Depois de apresentar a sua despedida para os líderes europeus, Obama deixou a Alemanha no início da tarde para visitar o Peru para a cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC).

De acordo com a comitiva de Hollande, "a atmosfera (dessa última reunião) foi amigável" com "um breve momento" de discussão "emotivo e afetivo" entre os atuais líderes.

Nos últimos dias, o presidente Obama homenageou Angela Merkel, parecendo querer passar a tocha.

Muitos analistas acreditam que a chanceler, que deve anunciar no domingo se concorrerá a um novo mandato de quatro anos, terá de assumir novas responsabilidades internacionais para o imprevisível Trump.

Merkel, no entanto, insistiu nesta sexta-feira que "só juntos somos fortes".

Durante esta última visita, Obama assegurou que a chanceler, criticada por Donald Trump é "uma parceira extraordinária".

Populistas inflamados

Merkel, no poder há 11 anos, deve formalizar no domingo suas intenções para as legislativas programadas para setembro ou outubro de 2017, enquanto tudo indica que ela vai entrar na corrida, apesar de um ano difícil devido à crise migratória.

Outro momento crucial em 2017, que será examinado com cuidado: a eleição presidencial francesa, na primavera, que irá nomear o sucessor de François Hollande, e na qual a candidata de extrema-direita Marine Le Pen deve desempenhar um papel fundamental.

O Brexit, seguido pela surpreendente vitória do bilionário populista nos Estados Unidos, têm tido um efeito inflamatório nos partidos populistas, em pleno crescimento na Europa.

Em Atenas, como em Berlim, o atual presidente dos Estados Unidos sublinhou a necessidade de melhor ter em conta as frustrações e medos dos eleitores.

Sobre o Brexit, May observou que o processo de saída da UE deverá ocorrer "sem problemas" e que o seu país iria continuar a trabalhar "em conjunto" com outros países.


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