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Estado de Minas

Praia de Paris às margens do Sena tem segurança reforçada


postado em 20/07/2016 15:16

"Esta praia é maravilhosa", afirma Ana Scoralick, turista mineira, que aproveita o sol nas areias de uma praia que não é brasileira, e sim está às margens do Sena, com a segurança reforçada pelos atentados na França.

A capital francesa inaugurou nesta quarta-feira (20), sob estritas medidas de segurança, seu programa de verão "Praia de Paris", na margem direita do Sena, e no reservatório de Villette, no norte da capital.

Cerca de 3.500 toneladas de areia, 50 palmeiras, 900 espreguiçadeiras e 450 guarda-sol foram disponibilizados para a ocasião.

A quantidade de turistas que chegam a Paris por avião diminuiu em 11% desde janeiro passado, e os operadores não mediram ainda o impacto do atentado que na semana passada matou muitas pessoas no Passeio dos Ingleses, em Nice, emblema turístico da Costa Azul.

Nesse contexto, manter o programa de atividades da "Praia de Paris" se torna um desafio.

O governo decidiu não ceder ao clima de inquietude, ainda que a direção da polícia tenha anunciado nesta quarta-feira o cancelamento de várias atividades de verão em Paris, como a transformação da avenida do Champs-Élysées em rua de passeio ou a instalação de um cinema ao ar livre. Mas decidiu manter a praia urbana, onde os visitantes assinalaram as medidas de segurança adicionais.

"Sinto-me completamente segura, mais que no ano passado", comenta à AFP Ana Scoralick. A brasileira esteve em Paris em 2015 e agora afirma que há muito mais policiais nas ruas. Em agosto, os visitantes poderão desfrutar da transmissão dos Jogos Olímpicos do Rio em uma tela gigante, ainda que essa turista retorne ao Brasil para vê-los ao vivo.

Em uma coletiva de imprensa improvisada no local, a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, explicou que "a segurança foi reforçada, especialmente colocando barreiras nas rampas" de acesso ao cais do Sena, que terá a margem direita fechada para o tráfego de veículos. Também foi aumentada a vigilância na circulação de barcos pelo rio, "como se fosse uma grande avenida".

Reapropriar-se da cidade

Para a 15ª edição da Praia de Paris - e talvez uma das últimas se, como planejado pela cidade, transformar definitivamente em rua de passeio a via rápida que corre pela margem direita do Sena - serão montados eventos especiais.

O Museu do Louvre disponibilizou algumas de suas obras de arte vinculadas ao deus Netuno. O zoológico de Paris participa com animações sonoras e o Museu de Arte moderna com uma mostra dedicada à obra do paisagista Albert Marquet (1875-1947), "pintor do tempo suspenso". Ou seja, Paris explicitamente quer apostar na riqueza de sua cultura como resposta à violência e à intolerância. "É muito importante que todas as manifestações culturais tenham espaço", disse Bruno Julliard, adjunto de Hidalgo. "O pior seria parar tudo, seria uma espécie de entrega, estaríamos cedendo à pressão dos terroristas".

As cidades tunisianas de Tunes e Sousse - vítimas de atentados no verão passado - foram convidadas para as festividades e seus respectivos prefeitos assistiram à inauguração junto com Anne Hidalgo.

"Queremos ajudar para que cada um viva melhor neste mundo", disse a prefeita socialista à imprensa. "Queremos que os parisienses que não forem sair de férias possam reconquistar sua cidade nestes passeios, com todas as atividades que iremos propor, ou simplesmente que fiquem sentados lendo ou aproveitando Paris".

Uma opção que seduziu Odile, uma francesa que não irá tirar suas férias agora, aproveita a praia urbana desde o primeiro dia, excluindo, como muitas pessoas todos os anos, a possibilidade de tomar banho no rio. "Enquanto isso, fico com minha filha e aproveitamos a praia que está a dois minutos de casa", disse a parisiense.


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