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Estado de Minas

Clima: pontos-chave das negociações sobre futuro acordo de Paris


postado em 11/12/2015 13:37

O futuro acordo de Paris para combater o aquecimento global vai estabelecer um quadro de ação por parte da comunidade internacional.

Estes são os pontos-chave desta negociação:

- Objetivos de longo prazo

O objetivo declarado é o de limitar o aumento do termômetro global a 2°C, mas alguns países, especialmente os mais ameaçados pelas consequências do aquecimento global, como os estados insulares, defendem 1,5°C. Ambos os valores são mencionados nos documentos de trabalho.

O cumprimento deste limite de 2ºC exige uma redução drástica das emissões de gases com efeito estufa.

Mas a maneira de chegar a esse objetivo continua sendo debatida. Devemos formular no acordo um objetivo datado e, portanto, mais restritivo, ou deixar formulações mais vagas, que permitem maior flexibilidade para os signatários?

Para ficar abaixo dos 2°C, os cientistas e economistas recomendam, entre outras coisas, mais esforços antes de 2020, quando entra em vigor o acordo de Paris. Agir mais tarde vai custar mais caro, alertam os especialistas.

Revisão dos compromissos para cima

156 países anunciaram, até hoje, suas intenções para reduzir ou limitar as emissões de gases de efeito estufa tendo como objetivo 2025 ou 2030.

Mas estes compromissos são insuficientes: mesmo que sejam reséitados, a alta previsível do termômetro mundial seria reduzida em cerca de 4°C a 3°C até 2100.

Mas, além dos 2°C de alta, os pesquisadores preveem um descontrole climático com consequências catastróficas.

Para respeitar o objetivo dos 2°C, inúmeros países gostariam de estabelecer novos compromissos, mais ambiciosos, que seriam publicados a cada cinco anos.

Financiamentos

Em 2009, os países desenvolvidos se comprometeram a mobilizar cada vez mais dinheiro para financiar os projetos em favor do clima dos países em desenvolvimento a fim de chegar a 100 bilhões de dólares anuais em 2020.

Mas quais financiamentos contabilizar? Fundos públicos e privados? Empréstimos e doações? Nada foi definido.

A OCDE estimou em 62 bilhões os financiamentos do Norte para o Sul efetuados em 2014, incluindo os empréstimos: 43 bilhões provenientes de instituições públicas, 16 bilhões de atores privados e 1,6 bilhões sob forma de créditos para exportação.

Para os anos que vêm, novos financiamentos foram anunciados, especialmente por parte dos bancos multilaterais. O Fundo Verde para o Clima, custeado por alguns países ricos da ordem de 10 bilhões até 2018, anunciou nesta sexta-feira o financiamento de oito primeiros projetos na África, na Ásia, no Pacífico e na América Latina.

Os países em desenvolvimento necessitam de projetos climáticos de financiamento sejam adicionados e não um substituto para o orçamento da ajuda ao desenvolvimento.

Eles também querem um reequilíbrio das verbas entre as várias medidas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, que capturam a essência do apoio, e medidas para combater os impactos do aquecimento global (como a erosão costeira, as secas recorrentes, ou derretimento de geleiras que ameaçam os recursos hídricos).

Eles também pedem que um aumento do financiamento seja garantido após 2020.

Cooperação

Além do financiamento, os países em desenvolvimento pedem transferência de tecnologia e assistência técnica para a adaptação às alterações climáticas (troca de experiências, sistemas de capacidade de alerta).


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