Seis guerrilheiros do Exército da Libertação Nacional (ELN) e sete membros do Clã Úsuga, principal quadrilha da Colômbia, faleceram após várias operações das forças de segurança, informaram nesta quinta-feira autoridades.
"Felicito a nossa Força Pública pelos duros golpes contra a ELN e o Clã Úrsula. Proteção e segurança dos colombianos é prioridade", publicou no Twitter o presidente Juan Manuel Santos.
A operação contra a ELN, a segunda guerrilha do país, ocorreu em Bolívar (noroeste) e deixou um combatente ferido, além dos seis mortos, confirmou o Ministério de Defesa em um comunicado.
O Clã Úsuga, com cerca de 2,6 mil membros, surgiu após a desmobilização massiva de ex-paramilitares de extrema direita entre 2003 e 2006, em um processo que os oferecia benefícios jurídicos. Dedicado ao tráfico de cocaína entre outras atividades ilícitas, as autoridades definem sua desintegração como a principal prioridade.
A ELN, com cerca de 2,5 mil combatentes segundo números oficiais, dialoga preliminarmente com o governo desde 2014 com a finalidade de instaurar um processo de paz formal para pôr fim em mais de meio século de conflito armado, sem êxito até agora.
O governo de Juan Manuel Santos e a primeira guerrilha do país, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC, comunistas), levaram a diante um processo de paz desde 2012 em Havana que busca acabar com um conflito armado de mais de 50 anos, permeado por narcotráfico e no qual participaram guerrilhas, paramilitares e forças militares.
Ao menos 220 mil pessoas morreram e mais de seis milhões ficaram desabrigadas, segundo números oficiais.
A Colômbia é o principal produtor mundial de cocaína. Segundo um informe recente da ONU, o país produziu cerca de 442 toneladas da droga em 2014, 52% a mais que no ano anterior.