Um saudita a quem Washington acusa de ter sido o guarda-costas de Osama bin Laden foi repatriado da base militar de Guantánamo, na ilha de Cuba, onde estava detido há mais de uma década, informou o Pentágono nesta terça-feira.
"Uma comissão de revisão periódica determinou em 15 de junho que não era necessário manter detido sob leis de guerra Abdul Shalabi para garantir a segurança dos Estados Unidos diante de uma ameaça significativa e permanente", disse o secretário de imprensa do Pentágono, Peter Cook.
Abdul Shalabi, de 39 anos, foi capturado por forças paquistanesas em dezembro de 2001 e transferido a Guantánamo no mês seguinte.
Shalabi, que permaneceu durante uma longa temporada em greve de fome, foi libertado como parte do programa de reabilitação do governo saudita para ex-presos e será vigiado nos próximos anos.
"Os Estados Unidos coordenou com o governo do reino da Arábia Saudita para se assegurar de que esta transferência ocorresse com uma apropriada segurança e um tratamento humanitário", disse Cook.
Após a libertação de Shalabi, restam em Guantánamo 114 presos.
Desde a chegada de Barack Obama à Presidência, em janeiro de 2009, Washington foi mandando pouco a pouco presos de Guantánamo para casa ou países terceiros.
A maioria dos detidos libertáveis agora são do Iêmen, país que está em plena guerra civil.
Como candidato e depois presidente, Barack Obama prometeu em várias oportunidades fechar Guantánamo e uma de suas primeiras decisões ao assumir a Presidência foi ordenar o fechamento da prisão. Mas rapidamente se viu mergulhado em um enredo político e jurídico sobre o tratamento que devia reservar aos ex-presos.