(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Argentina ratifica 'Programa Síria' para refugiados em meio à crise migratória


postado em 04/09/2015 17:22

O governo argentino ratificou nesta sexta-feira a continuidade de seu "Programa Síria", vigente desde outubro de 2014, que concede vistos por razões humanitárias a sírios que fogem da guerra, em meio à crise de migrantes na Europa.

"A Argentina abre suas fronteiras quando uma situação humanitária o exige", declarou, em coletiva de imprensa, o chefe de gabinete, Aníbal Fernández, braço direito da presidente Cristina Kirchner.

Segundo esta resolução de outubro de 2014, "facilita-se a entrada de cidadãos sírios para poderem sair da situação de guerra", disse o funcionário.

Sem informar quantos sírios pediram refúgio desde então, Fernández expressou sua comoção com a imagem do menino sírio Aylan Kurdi, de 3 anos, encontrado morto em uma praia da Turquia e que se tornou um símbolo da tragédia migratória.

À margem do programa oficial, a cidade de Pilar, de 17.000 habitantes, no centro da Argentina, se ofereceu às Nações Unidas para abrigar 50 famílias sírias.

"Esta situação nos mobilizou muito", disse à rádio Mitre Córdoba o prefeito de Pilar, Diego Bechis.

Segundo o "Programa Síria", os interessados que se candidatarem serão recebidos na Argentina pelo prazo de dois anos, prorrogável por mais um ano, antes de poder pedir a residência permanente, mas precisam ter alguém que os receba no país.

De acordo com a resolução, os candidatos devem apresentar uma carta-convite "com fundamento no vínculo de parentesco ou afetividade com cidadãos argentinos ou com residentes na Argentina que atuem na qualidade de convocante", que assumem o compromisso de dar a eles alojamento e manutenção.

A norma levou em conta que a Argentina "conta com uma importante comunidade de sírios-libaneses com fortes laços comunitários", que expressaram "interesse em acompanhar o processo de recepção e acolhida".

Esta comunidade, de 3,5 milhões de pessoas - chamadas na Argentina de 'turcos' -, é formada, em sua maioria, por descendentes das ondas migratórias do fim do século XIX e começo do XX.

Exige-se, ainda, que os interessados em receber refúgio não tenham lutado em conflito armado e não tenham antecedentes criminais.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)