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Estado de Minas

Desemprego dos EUA cai, mas não se sabe se Fed elevará os juros


postado em 04/09/2015 17:10

O desemprego dos Estados Unidos caiu em agosto ao seu nível mais baixo em mais de sete anos, mas as dúvidas sobre a possível elevação da taxa de juros pelo Federal Reserve (banco central americano) persistem.

Os Estados Unidos criaram 173.000 novos empregos e a taxa de desemprego caiu dois décimos, a 5,1%; a mais baixa desde abril de 2008, quando o país entrava em crise.

O número de desempregados caiu para 8 milhões com relação aos 8,26 milhões de julho.

O número de empregos novos em agosto foi menor do que os 217.000 esperados pelos analistas e se explica por uma revisão em alta dos dados de criação dos postos de trabalho nos meses anteriores.

Nos três meses anteriores, os Estados Unidos gerou 221.000 empregos novos.

"Nossas empresas criaram 13,1 milhões de empregos durante 66 meses consecutivos", comunicou a Casa Branca em comunicado.

Analistas advertiram, contudo, que agosto costuma dar resultados habitualmente mais altos nas correções posteriores.

Para o Federal Reserve, os dados do emprego em agosto complicam o debate sobre a eventual elevação da taxa de juros; um tema que será discutido pelo Comitê de Política Monetária (FOMC), que se reúne em duas semanas.

Os juros estão entre 0 e 0,25% desde dezembro de 2008 como medida contra a recessão da maior economia do mundo.

"O vice-presidente do Fed, Stanley Fischer, disse que esperava este relatório sobre o emprego em agosto. Se esperava que os dados falassem claramente, ficará decepcionado", disse Harm Bandholz, economista da UniCredit.

Apesar de os trabalhadores em tempo parcial continuarem sendo numerosos -6,5 milhões de pessoas- o mercado de trabalho atingiu em agosto o pleno emprego (que corresponde a uma taxa de desemprego entre 5% e 5,2%).

Em 5,1%, a taxa ficou abaixo da previsão média do Fed para 2015, que é de 5,25%.

Outro dado positivo para o Fed é que há movimentos de aumento dos salários: +0,3% em agosto e +2,2% em um ano. O Fed deseja que a inflação, atualmente ínfima, suba até cerca de 2%, que considera saudável.

Esperar ou não?

Esses dados dão munição tanto para os integrantes do Fed que querem elevar os juros, como para aqueles que pedem um pouco de paciência em meio ao período de incerteza na economia mundial.

"Não tem o que esperar para subir os juros", disse nesta sexta-feira Jeffrey Lacker, um dos membros do FOMC.

O presidente do Fed de Nova York William Dudley disse que a incerteza econômica mundial torna o aumento dos juros "menos imprescindível".

O Fundo Monetário Internacional (FMI) recomendou ao Fed que tenha paciência neste momento de tanta volatilidade nos mercados. Se os Estados Unidos elevarem os juros, os capitais se verão atraídos por um dólar mais forte e, segundo o organismo, haverá uma fuga dos mercados emergentes.

"O Fed tem espaço para ser flexível e não se pressionar em mudar um dos pilares da sua política monetária", declarou o FMI.


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