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Estado de Minas

Militares americanos evitam massacre em trem Amsterdã-Paris


postado em 21/08/2015 22:46

Militares americanos à paisana evitaram que um homem armado realizasse um massacre em um trem de alta velocidade entre Amsterdã e Paris, em um incidente que deixou dois feridos nesta sexta-feira e foi qualificado pelo premiê belga, Charles Michel, de "ataque terrorista".

O agressor, que estaria em uma lista dos serviços de inteligência espanhóis franceses, feriu dois militares americanos, um a bala e outro com uma lâmina, mas ambos não correm risco de morte.

Um oficial local revelou que o homem baleado foi levado de helicóptero para o hospital de Lille, no norte da França.

O comandante William Urban, porta-voz del Pentágono, disse à AFP que um membro do Exército americano ficou ferido durante o incidente.

De acordo com os primeiros elementos da investigação, o agressor, de 26 anos, é marroquino ou tem origem marroquina.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, qualificou de "heroica" a ação de dois militares americanos que dominaram um atirador.

Segundo o ministro francês do Interior, Bernard Cazeneuve, o "sangue frio" e o "grande valor" dos militares evitaram uma tragédia. "Foram particularmente valentes".

De acordo com um oficial da polícia, os militares ouviram o suspeito carregando uma arma no banheiro. O homem portava um fuzil Kalachnikov, uma pistola, nove carregadores e uma faca.

O atirador, que subiu no trem em Bruxelas, foi entregue à polícia por volta das 18H00 na estação de Arras, onde o trem fez uma parada de emergência.

O homem, que morou na Espanha, foi objeto de um comunicado da polícia espanhola para as autoridades francesas, segundo o jornal El País.

"Agentes espanhóis de combate ao terrorismo informaram que o jovem, taxado como radical, havia morado na Espanha durante um ano, até 2014, quando decidiu se mudar para a França. As mesmas fontes revelaram que o suspeito viajou para a Síria".

Damian, um passageiro francês de 35 anos, descreveu como o homem "com uma camisa verde e cabelo raspado (militar americano) se atirou sobre o outro e o imobilizou no chão".

Christina Cathleen Coons, americana de 28 anos, contou que ouviu "tiros, dois sem dúvida, e um cara caiu". "Havia sangue por todo lado".

Ao se manifestar sobre o caso, o premiê belga, Charles Michel, denominou o incidente de "ataque terrorista".

"Condeno o ataque terrorista em Thalys e declaro minha solidariedade às vítimas", escreveu Michel em sua conta no Twitter.

Em conversa por telefone, Michel e o presidente francês, François Hollande, concordaram em "colaborar estreitamente" na investigação do caso.

Hollande destacou que "tudo caminha para se esclarecer" os fatos em "estreita colaboração" com Bruxelas.

Obama expressou sua "profunda gratidão pela coragem e reação de vários passageiros, incluindo dois membros do Exército americano, que de maneira altruísta dominaram o agressor". Posteriormente, foi informado que um terceiro militar participou da ação.

O presidente elogiou as "ações heroicas" de seus compatriotas, que provavelmente impediram "uma tragédia maior", destacando que os Estados Unidos mantêm "estreito contato" com as autoridades francesas sobre a investigação do incidente.

O trem, com 554 passageiros, seguia de Amsterdã para Paris, mas o incidente ocorreu no território belga.

O ator francês Jean-Hugues Anglade ficou levemente ferido, indicou à AFP uma testemunha sob a condição de anonimato. A informação foi confirmada pela família do ator. Ele teria se ferido acidentalmente.

De acordo com a companhia Thalys, subsidiária da SNCF, o serviço ferroviário francês, "às 17H50 (12H50 Brasília) uma pessoa abriu fogo no Thalys 9364 (Amsterdã-Paris) na altura de Oignies (Haute Picardie)".

"Nós estávamos no trem e percebemos que ele começou a diminuir a velocidade ao se aproximar de Arras. Trinta minutos depois, ele parou completamente. Uma vez na estação, ficamos 15 minutos bloqueados. Em seguida, houve uma mensagem nos dizendo que a polícia estava a caminho", relataram à AFP Maxime Vialat e Charlotte Bosse, de 20 anos.

Desde os ataques de 7 de janeiro contra a redação da revista satírica Charlie Hebdo e um supermercado kosher em Paris, que matou 17 pessoas, um plano de luta contra o terrorismo foi criado em todos os locais públicos e considerados sensíveis.


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