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Estado de Minas

Rosetta se aproxima do Sol em momento-chave de sua missão


postado em 12/08/2015 10:10

O cometa 67P alcançará nesta quinta-feira, às 02h00 (23h00 de Brasília de quarta), o ponto mais próximo ao Sol de sua trajetória, momento chave de uma missão repleta de obstáculos e surpresas da sonda europeia Rosetta, que segue o corpo celeste em sua viagem interplanetária.

Este momento chega após 22 anos de projeto, destinado a conhecer as origens da vida no planeta Terra.

- 1993: A missão Rosetta é aprovada pela Agência Espacial Europeia (ESA), que busca entender as origens da vida na Terra analisando a poeira de um cometa. Decide fazê-lo "in situ", graças a um pequeno robô batizado Philae, nome de uma ilha egípcia no Nilo.

- Março de 2004: A sonda Rosetta é lançada dez anos depois do início do projeto, a bordo de um foguete Ariane 5 que decola da base de Kourou na Guiana Francesa.

- Março de 2005-novembro de 2009: Para acelerar seu deslocamento em direção ao Sol, a Rosetta utiliza os campos de gravidade da Terra e de Marte. Trata-se de uma espécie de jogo de bilhar cósmico, segundo a ESA, já que a sonda é propulsada graças ao efeito de onda gravitacional da Terra e de Marte. Aproxima-se da Terra em março de 2005, em novembro de 2007 e novembro de 2009, e de Marte em fevereiro de 2007.

- 2008: a Rosetta passa perto (800 km) do asteroide 2867 Stein. Também cruza com o 21 Lutetia dois anos mais tarde.

- Junho de 2011: A radiação solar é insuficiente para alimentar as baterias de seus equipamentos. A Rosetta, que se encontra a 800 milhões de km do Sol e a um bilhão de km da Terra, é colocada em coma artificial, uma hibernação de 957 dias que lhe permitirá economizar sua energia.

- Janeiro de 2014: A Rosetta "desperta" e retoma seu caminho em direção ao cometa, que neste momento se encontra a 9 milhões de quilômetros de distância. Graças aos seus 11 instrumentos de observação, começa a escanear a superfície do cometa Churiumov-Guerasimenko.

- 12 de novembro de 2014: Às 08h35 de Brasília, o pequeno módulo Philae se separa de Rosetta e desce lentamente a 3,5 km/h em direção ao cometa. Sete horas mais tarde, pousa sobre o corpo celeste de 4 km de diâmetro, mas fica na sombra entre as rochas, o que impede que seus painéis solares alimentem a bateria, que tem capacidade de sessenta horas.

- 14 de novembro de 2014: Em uma posição instável, Philae tenta em vão perfurar o solo do cometa. No dia seguinte, sua bateria se esgota e Philae entra em hibernação. Mas antes consegue transmitir seus últimos dados científicos. Suas baterias solares devem assegurar sua sobrevivência, mas são incapazes de se recarregar imediatamente para que possa seguir trabalhando.

- 13 de junho de 2015: Philae desperta após sete meses de hibernação, mas tem dificuldades para sustentar a comunicação com a Rosetta, que se encontra a 200 quilômetros, distância prudente para evitar as projeções de gás e de poeira do cometa. Em 9 de julho, entra em contato pela oitava vez com a Rosetta. Desde então, o robô Philae permanece em silêncio.

- 13 de agosto de 2015: O cometa alcança o ponto mais próximo ao Sol (185 milhões de km) de sua trajetória, sempre escoltado pela sombra Rosetta. A missão, que inicialmente deveria terminar no fim de 2015, se prolonga até setembro de 2016. Rosetta deve terminar seus dias sobre o cometa para fechar com chave de ouro uma odisseia de mais de 6,5 bilhões de quilômetros, que mobilizou 14 países europeus durante 20 anos.


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