As autoridades dos Estados Unidos indicaram nesta terça-feira que seguem investigando o tiro disparado na segunda-feira contra George Zimmerman, absolvido da morte do jovem negro Trayvon Martin em 2013, na Flórida.
A polícia de Lake Mary indicou ter recuperado as duas armas do suposto agressor, Matthew Apperson, e uma pertencente a Zimmerman, mas preferiu não especular sobre as razões que provocaram o incidente.
"Nossos investigadores trabalham em uma investigação exaustiva e imparcial, e o fazem metodicamente", declarou em uma coletiva de imprensa a porta-voz da polícia de Lake Mary, Bianca Gillette. "Contudo, ainda não há informações sobre possíveis acusações", indicou.
Este foi o último incidente com a justiça envolvendo Zimmerman que em 2012, quando era vigia voluntário, matou a tiros Martin, um jovem de 17 anos que estava desarmado, um caso que chamou atenção internacional.
Em junho de 2013, Zimmerman foi absolvido de um julgamento por homicídio, com base em uma polêmica lei da Flórida de legítima defesa.
Na segunda-feira, Apperson atirou contra Zimmerman de seu carro. A bala não acertou o homem, que, contudo, ficou ferido pelos estilhaços de vidro.
Em setembro de 2014, Apperson acusou Zimmerman de tê-lo ameaçado de morte durante uma discussão em uma estrada na Flórida, mas decidiu não manter a denúncia.
Um advogado de Apperson assegurou à imprensa que seu cliente agiu em legítima defesa, enquanto a defesa de Zimmerman afirma que o ex-vigilante não fez nada para provocar o incidente.
Zimmerman teve outros problemas com a justiça por violência doméstica. Em janeiro passado, foi acusado de agressão por sua companheira, mas a mulher acabou retirando a denúncia.
Em 2013, sua esposa na época, Shellie Zimmerman, chamou a polícia porque o homem a tinha ameaçado com uma arma, segundo afirmou, mas ela tampouco fez uma denúncia formal.
Em novembro daquele ano, Zimmerman foi libertado após pagar fiança, um dia depois de ter sido detido, também na Flórida, por violência doméstica contra uma mulher.