Os Estados Unidos anunciaram nesta segunda-feira que vão acelerar o desmantelamento de ogivas nucleares retiradas de seu arsenal e advertiram à Coreia do Norte para que abandone seu programa nuclear, sob pena de sofrer um maior isolamento.
O secretário de Estado, John Kerry, anunciou durante a conferência do Tratado de não-proliferação nuclear (TNP) celebrada em Nova York, que "o presidente (Barack) Obama decidiu que os Estados Unidos acelerarão o desmantelamento de ogivas nucleares retiradas em 20%".
Kerry também reafirmou que as grandes potências estavam "mais perto do que nunca de um acordo global, que temos buscado" com o Irã, para interromper seu programa nuclear.
Ele argumentou que a administração norte-americana está empenhada em acelerar o desarmamento, buscando desviar as críticas de que as medidas tomadas sobre o assunto são insuficientes.
"Estamos comprometidos a trabalhar com vocês para provar que os céticos estão errados", disse Kerry, destacando que Washington quer "deixar a corrida nuclear no passado" .
Nos últimos 20 anos, os Estados Unidos desmantelaram 10.251 ogivas e outras 2.500 foram reiteradas e estão prontas para ser removido, explicou na conferência que se realiza na sede da ONU.
Kerry criticou a Coreia do Norte, ressaltando que Pyongyang deve responder às preocupações internacionais sobre seu programa nuclear. "Até que isso aconteça, só estará mais isolado do resto do mundo", alertou.
A Coreia do Norte já está sujeita às sanções da ONU e dos Estados Unidos impostas após a três testes nucleares realizados no país comunista nos anos de 2006, 2009 e 2013.
Atualmente acredita-se que Pyongyang tenha uma reserva de cerca de 10-16 armas nucleares feitas de plutônio ou urânio.
Kerry disse que a administração Obama está pronta para negociar com a Rússia novas estratégias para reduzir um terço do nível de armas nucleares acordado no Tratado de 2011.
Conferência do TNP, que vai durar um mês, começou em meio a críticas pelo ritmo lento do desarmamento liderado pelos Estados Unidos e Rússia, cujas relações se deterioraram com a crise na Ucrânia.