A polícia americana prendeu nesta terça-feira na Flórida um suspeito de ter matado um homem um dia antes a 800 km de distância em outro estado, em um incidente que desencadeou o pânico e levou ao fechamento de uma universidade, informaram autoridades.
O suspeito Kenneth Morgan Stancil III, de 20 anos, foi "preso na Flórida à 01h28 da manhã (02h28 de Brasília)", indicou à AFP Kim Best, porta-voz da cidade de Goldsboro, Carolina do Norte (sudeste dos Estados Unidos), onde ocorreram os incidentes de segunda-feira.
Stancil carregava uma faca quando foi detido pela polícia do condado de Volusia, Flórida, enquanto dormia na praia de Daytona Beach. O jovem foi preso sem incidentes, disse o corpo policial de Golsboro em um comunicado.
Daytona Beach fica 800 km ao sul de Golsboro.
Stancil é acusado de ter disparado e matado na manhã de segunda-feira Ron Lane, um funcionário do Wayne Community College em Goldsboro, na biblioteca da universidade.
O assassinato está sendo investigado como "um possível crime de ódio" e as autoridades investigam se uma tatuagem de Stencil feita recentemente no rosto tem relação com algum grupo que prega a supremacia branca, indicou Jeremy Sutton, da polícia de Goldsboro, durante uma coletiva de imprensa.
Nos Estados Unidos o qualificativo "crime de ódio" é um fato agravante de qualquer crime motivado por raça, religião, etnia, orientação sexual ou incapacidade física ou mental.
"Stencil tinha um plano bem elaborado e o executou", acrescentou Sutton.
O incidente gerou pânico na universidade, que permaneceu em estado de confinamento por várias horas enquanto as autoridades buscavam o suspeito.
A universidade conta com mais de 4.000 estudantes em período integral e outros milhares em tempo parcial.
Stancil se encontra detido em uma prisão do condado de Volusia enquanto as autoridades da Flórida e da Carolina do Norte colaboram para levar o suspeito de volta a Goldsboro.