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Estado de Minas

Netanyahu luta para inverter pesquisas eleitorais em Israel


postado em 16/03/2015 10:46

Benjamin Netanyahu queimou seus últimos cartuchos na batalha eleitoral nesta segunda-feira, na véspera de eleições parlamentares muito concorridas, que decidirão se os israelenses querem seguir com ele como primeiro-ministro ou preferem uma mudança após seis anos.

Nas últimas horas antes do fim oficial da campanha, às 17h00 GMT (14h00 de Brasília), o líder da direita, pressionado por pesquisas desfavoráveis, se ergueu como guardião de Jerusalém e das colônias.

Nesta segunda-feira deve visitar uma das mais controversas, e acusou seu principal adversário, o trabalhista Isaac Herzog, à frente das pesquisas, de querer dividir a cidade santa e deixar de contruir para os judeus.

As legislativas são, em grande medida, um referendo a favor ou contra Netanyahu, de 65 anos, primeiro-ministro desde março de 2009 e no poder por quase uma década contando o primeiro de seus três mandatos, de 1996 a 1999.

Na terça-feira, os 5,88 milhões de eleitores israelenses estão convocados a eleger seus 120 deputados entre as 5h00 GMT (2h00 de Brasília) e as 20h00 GMT (17h00 de Brasília).

Na madrugada de quarta-feira já deve ser possível ter uma ideia bastante precisa de como a 20ª Kneset, o Parlamento israelense, estará composta. Os resultados oficiais definitivos são esperados para a tarde de quinta-feira, indicou à AFP o porta-voz da comissão eleitoral.

Mas com a dispersão do voto e a complexidade das possíveis alianças, os israelenses podem não conhecer o nome de seu próximo chefe de Governo por vários dias ou inclusive semanas.

Netanyahu se multiplica

No sistema israelense, não é necessariamente o líder do partido mais votado quem será convocado a formar governo, mas quem, entre os 120 deputados, for capaz de constituir uma coalizão com os demais grupos.

As últimas pesquisas dão uma vantagem de quatro cadeiras à União Sionista, liderada por Herzog (25 ou 26), contra o Likud de Netanyahu (21 ou 22).

Durante semanas, Netanyahu se apresentou como o melhor escudo contra as ameaças do extremismo islamita e um Irã que, segundo ele, quer se dotar da bomba atômica.

Por sua vez, Herzog, de 54 anos, e sua aliada centrista Tzipi Livni, de 56, o atacaram pelo encarecimento da vida e da habitação, e pelas desigualdades sociais, entre as maiores nos países desenvolvidos.

Nos últimos dias, Netanyahu descreveu Herzog e Livni como os candidatos à capitulação diante das pressões internacionais e das concessões territoriais para os palestinos, que querem fazer de Jerusalém Oriental, ocupada e anexada, a capital do Estado ao qual aspiram. Israel, por sua vez, considera Jerusalém como sua capital unificada e indivisível.

Multiplicando os discursos nos meios de comunicação, Netanyahu os acusou nesta segunda-feira de "prometer a divisão de Jerusalém e condenar as construções que eu fiz nos bairros judeus de Jerusalém".

A promessa de Herzog em Jerusalém

"Estão prontos para desistir, para se inclinar ante qualquer decisão, incluindo um acordo nuclear com o Irã", disse o líder conservador ao site de informação Walla.

Netanyahu deve visitar nesta segunda-feira a colônia de Har Homa, uma das mais controversas, em Jerusalém Oriental.

Apesar da indignação dos palestinos e da reprovação de uma grande parte da comunidade internacional, Netanyahu está decidido a seguir construindo para os judeus em Jerusalém Oriental, de maioria árabe.

Por sua vez, Isaac Herzog rejeitou as acusações de Netanyahu no domingo durante uma visita ao Muro das Lamentações.

"Eu saberei proteger Jerusalém e seus habitantes melhor que qualquer outro dirigente, por meus atos e não apenas por minhas palavras", disse.

Uma pesquisa publicada na sexta-feira pelo Jerusalem Post indicou que 12% dos eleitores interrogados ainda não haviam se decidido e que 72% queriam uma mudança.


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