O Conselho de Segurança da ONU aprovou por unanimidade, nesta terça-feira, uma resolução para impor sanções às facções que lutam no Sudão do Sul, aumentando a pressão com a aproximação do prazo para um acordo de paz.
Redigida pelos Estados Unidos, a resolução estabelece um comitê de sanções que deverá submeter ao Conselho os nomes dos encarregados por bloquear os esforços de paz, que seriam punidos com a proibição de viajar para fora do país e teriam seus ativos congelados.
Os especialistas deverão controlar também o fluxo de armas que alimenta as hostilidades, mas a resolução não impõe, por enquanto, um embargo de armas.
Os europeus favorecem um embargo, mas a administração americana está dividida sobre este ponto, pois alguns argumentam que a medida prejudicaria mais o presidente Salva Kiir do que seu adversário, o ex-vice-presidente Riek Machar.
Embora não seja a primeira vez que a ONU ameaça com sanções, sem sucesso, trata-se da primeira resolução que põe em prática um mecanismo para sancionar os responsáveis pelo conflito.
Uma nova rodada de negociações entre as partes confrontadas começou na segunda-feira na Etiópia, intermediada pelo grupo regional de 8 países da Autoridade Intergovernamental sobre o Desenvolvimento da África Oriental (IGAD).
As negociações estão focadas em alcançar um acordo de paz entre o presidente Salvaa Kir e o líder rebelde Riek Machar, que inclui um governo unitário de transição, mesmo quando os acordos prévios não foram respeitados.