A Suprema Corte dos Estados Unidos rejeitou nesta segunda-feira um recurso apresentado pela gigante petroleira britânica BP, contestando um acordo segundo o qual a companhia teria de pagar centenas de milhões de dólares a empresas afetadas por um vazamento de petróleo no Golfo do México em 2010.
Depois de uma audiência a portas fechadas, os nove juízes da corte emitiram uma ordem negando a revisão do acordo.
A Câmara de Comércio do Alabama, a Câmara de Comércio dos Estados Unidos e uma federação de indústrias alemãs declararam apoio às empresas contempladas pelo acordo.
A corte informou ter recusado o pedido da BP, rejeitando os argumentos da britânica BP de que as perdas alegadas pelas empresas "não eram completamente vinculadas ao vazamento".
Em 20 de abril de 2010, a explosão de uma plataforma de petróleo provocou o pior vazamento de petróleo registrado nos Estados Unidos, com milhões de barris de óleo indo parar nas águas do Golfo do México, antes de o vazamento ser finalmente contido, em 15 de julho do mesmo ano.
Segundo o acordo, a BP até agora pagou US$ 36,3 bilhões em multas e indenizações a indivíduos, empresas e autoridades locais para compensar operações de limpeza na costa americana.
Em setembro passado, um juiz federal de Louisiana considerou a empresa culpada de negligência, abrindo a via para uma multa adicional de até US$ 18 bilhões.