O governo da Colômbia e a guerrilha das Farc "acertaram as condições" para a libertação, o "mais rápido possível", de um general, três soldados e uma advogada sequestrados no domingo passado no oeste do país, anunciaram nesta quarta-feira diplomatas de Cuba e Noruega.
"As partes acertaram as condições necessárias para a libertação" do general Rubén Alzate, da advogada Gloria Urrego e de outros três soldados, o que "ocorrerá o mais breve possível", disse o diplomata cubano Rodolfo Benítez, ao lado de sua colega norueguesa Rita Sandberg.
Cuba e Noruega são países fiadores das negociações entre Bogotá e as Farc em Havana, suspensas no domingo por ordem do presidente colombiano, Juan Manuel Santos, devido à captura do general Alzate.
"As partes acertaram as condições necessárias para a libertação das seguintes pessoas: general Rubén Dario Alzate, soldado Jorge Rodríguez, soldado César Rivera, soldado Jonathan Díaz e senhora Gloria Urrego", precisou Benítez.
Alzate, comandante da Força-Tarefa Conjunta Titán que opera no departamento de Chocó, região pobre do oeste da Colômbia, é o militar de mais alta patente já capturado pelas Farc nos 50 anos de conflito armado.
"Cuba e Noruega agradecem à atitude construtiva do governo da Colômbia e das Farc, reafirmam seu apoio ao diálogo de paz e continuarão contribuindo no que for possível para obter um acordo final que termine com o conflito e permita a construção de uma paz estável e duradoura na Colômbia", acrescentou Benítez.
Os dois diplomatas não informaram quando serão retomadas as negociações de paz em Havana, destinadas a acabar com um conflito armado que já deixou 220 mil mortos e 5,3 milhões de refugiados.
As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) são a maior guerrilha do país, com cerca de 8 mil combatentes.