Um muçulmano discursou, pela primeira vez, no sínodo-geral da Igreja Anglicana da Inglaterra, para denunciar a violência dos jihadistas no Oriente Médio e o sofrimento que tais grupos infligem às minorias religiosas.
"A perseguição dos cristãos no Iraque e na Síria é odiosa e totalmente inaceitável para qualquer ser humano em pleno juízo", declarou Fuad Nahdi, responsável do centro de pesquisa muçulmano Radical Middle Way, que defende o diálogo inter-religioso.
Nahdi destacou que os muçulmanos desta região, que não compartilham as ideias destes extremistas, são as primeiras vítimas dos jihadistas.
"Não podemos esquecer que os muçulmanos são as primeiras vítimas destes extremistas", disse Nahdi, recordando que "milhares, talvez dezenas de milhares de pessoas morreram nos dois últimos anos e seguirão morrendo se ignorarmos isto".
Nahdi destacou que os jovens muçulmanos britânicos estão cada vez mais pressionados pelas críticas que recebem por atos que acontecem a milhares de quilômetros e sobre os quais não têm qualquer responsabilidade.
"A pressão que pesa de forma indireta, em particular sobre os jovens, para explicar coisas sobre as quais não são capazes de responder" pode causar frustração e raiva entre os mais fracos, advertiu.