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Estado de Minas

Fifa presta queixa por suspeitas de suborno na atribuição das Copas de 2018 e 2022


postado em 18/11/2014 15:37

Depois de alegar que "não havia corrupção comprovada" na escolha das sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022, a Fifa acabou voltando atrás ao prestar queixa nesta terça-feira por "suspeitas de transferência internacional de patrimônio, tendo a Suíça como ponto de contato".

A ação foi levada ao Ministério Público da Confederação Helvética de Berna, com base no relatório realizado pelo ex-procurador americano Michael Garcia, que denuncia a "suposta má conduta de diversas pessoas" na atribuição dos Mundiais de 2018 e 2022 ao Catar e à Rússia, respectivamente.

Na última quinta-feira, a Fifa tinha minimizado o alcance das denúncias do relatório, mas poucas horas depois o próprio Garcia mostrou-se indignado, alegando que a entidade tinha interpretado o documento de forma "incompleta e equivocada".

A Fifa resolveu levar o caso à justiça por entender que não tinha condições de fazer as investigações internamente.

"Ao contrário dos órgãos da Fifa, os órgãos jurídicos do Estado têm a possibilidade de fazer investimentos com a ajuda de medidas coercitivas, de ordem penal", justificou a entidade num comunicado.

"Na nossa análise do relatório Garcia, identificamos elementos que podem ser considerados motivos de suspeita de conduta repreensível em relação à Suíça", explicou Hans-Joachim Eckert, presidente da Câmara de Julgamento da Comissão de Ética da Fifa.

"Nestas circunstâncias, era meu dever chamar a atenção do presidente da Fifa (Joseph Blatter) sobre este assunto e sugerir para que ele avise as autoridades judiciais suíças", completou Eckert.

"Prestei queixa penal ao ser orientado pelo juiz Eckert", confirmou Blatter.

"Não tenho a capacidade de julgar qualquer procedimento ilícito. O relatório não era direcionado a mim e não cheguei a lê-lo. Porém, seguindo as orientações do juiz Eckert, era meu dever, como presidente da Fifa, prestar queixa", enfatizou o dirigente.

Ex-procurador federal em Nova York, Michael Garcia fez a investigação a pedido da Fifa e entregou o relatório em setembro.

O documento nunca foi publicado, apesar dos pedidos do próprio Garcia, que estranhou a falta de transparência da Fifa no dia 24 de setembro.

Para justificar o fato, Blatter alegou que a publicação na íntegra poderia comprometer a confidencialidade de testemunhas.


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