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Estado de Minas

Pedidos de socorro são encontrados por clientes em etiquetas de roupas

Três mulheres encontraram frases de supostos trabalhadores, que denunciavam situação degradante de trabalho


postado em 26/06/2014 17:55

Relato de Rebecca Gallagher foi notícia em jornais locais e depois repercutiu em vários países(foto: Reprodução)
Relato de Rebecca Gallagher foi notícia em jornais locais e depois repercutiu em vários países (foto: Reprodução)

“Forçados a trabalhar exaustivamente por horas”. Este é um dos pedidos de socorro de supostas vítimas de trabalho escravo que foram encontrados em etiquetas de roupas em pelo menos dois países. O caso repercutiu internacionalmente e fez a cadeia britânica de lojas Primark abrir uma investigação. As mensagens foram descobertas por duas jovens do País de Gales, em vestidos comprados por elas. Há ainda o relato de uma mulher na Irlanda do Norte, que afirma ter encontrado uma mensagem escondida no bolso de uma calça.

Nessa quarta-feira (25/6), a Primark divulgou em seu site uma nota em que afirma que já está apurando as denúncias, que violam o código de conduta da empresa, “para garantir o bem-estar dos trabalhadores em sua cadeia de suprimentos”. “Estamos sempre abertos para receber informações de qualquer fonte”, afirmou a nota. A empresa também esclareceu que deve recolher os três itens das clientes para examinar detalhadamente as circunstâncias em que as informações foram anexadas às etiquetas.

"Chocada"

A inglesa Rebecca Gallagher, de 25 anos, teria comprado um vestido da grife e, ao experimentá-lo percebeu a etiqueta com a mensagem inusitada, provavelmente costurada à mão. Em entrevista a jornais locais ela afirmou ter ficado chocada, principalmente por ter comprado a peça por um valor tão barato, e que não mais usaria o vestido por receio de ter feito um trabalhador sofrer tanto para produzí-lo.

Mensagem encontrada no bolso de calça: SOS(foto: Reprodução)
Mensagem encontrada no bolso de calça: SOS (foto: Reprodução)
Rebecca Jones, 21, comprou um vestido na mesma loja. Já Karem Wisínska, afirmou ter adquirido uma calça em uma loja da Primark em 2011, mas nunca havia usado o produto. Durante uma faxina nos armários, ela encontrou a peça e, no bolso, um bilhete escrito em chinês. Após postar uma foto na internet, ela descobriu do que se tratava: um suposto trabalhador dizia estar em uma prisão. Afirmava também que os trabalhadores eram obrigados a trabalharem como animais e que recebiam comida de péssima qualidade. O caso também deve ser investigado.

A Primark relatou que os rótulos das duas peças compradas no País de Gales parecem ser de um tipo semelhante e estavam à venda na mesma época, em 2013. No entanto, foram feitas em dois países diferentes e muito distantes um do outro. Sobre a calça com o bilhete, na Irlanda do Norte, a empresa disse que a linha de produtos é do início de 2009 e o último lote vendido no país foi em outubro daquele ano. “Achamos muito estranho que este caso tambem veio à luz tão recentemente, uma vez que as calças foram à venda há quatro anos”, ponderou.

A nota também nega a prisão ou outro trabalho forçado de qualquer tipo nas fábricas. Inspeções são realizadas periodicamente por uma “equipe de mais de 45 profissionais dedicados à manutenção dos padrões”.


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