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Estado de Minas

Troca de tiros no mar entre as duas Coreias

Fronteira entre os dois países foi palco de disputas violentas em várias ocasiões


postado em 31/03/2014 09:31 / atualizado em 31/03/2014 10:07

Exército sul coreano faz operação conjunta com tropas dos Estados Unidos em Pohang(foto: AFP PHOTO / JUNG YEON-JE )
Exército sul coreano faz operação conjunta com tropas dos Estados Unidos em Pohang (foto: AFP PHOTO / JUNG YEON-JE )
 

Coreia do Norte e Coreia do Sul trocaram tiros nesta segunda-feira perto da disputada fronteira marítima e Seul pediu que os moradores das duas ilhas vizinhas se dirijam a refúgios, quando se multiplicam os atritos na península.

"Obuses disparados pela Coreia do Norte caíram em nosso lado (da fronteira) e respondemos abrindo fogo", declarou à AFP um porta-voz do Estado-Maior do exército sul-coreano.

"No momento, as duas partes atiram no mar", acrescentou o porta-voz. Segundo o ministério da Defesa de Seul, o Norte lançou 500 obuses em três horas, uma centena deles em águas sul-coreanas.

Os habitantes das ilhas sul-coreanas de Baengyeong e Yeonpyeong receberam a ordem de permanecer protegidos, declarou um funcionário local contactado por telefone pela AFP. "Convocamos todos os habitantes a se protegerem nos refúgios sem demora, muitos já o fizeram", declarou.

Um habitante que se negou a deixar sua casa indicou à AFP ter ouvido o disparo de "dezenas de obuses de artilharia".

"Se o Norte toma como desculpa nossa resposta legítima aos disparos e se lança em uma nova provocação contra nosso mar e nossas ilhas, tomaremos represálias de forma decidida", advertiu o ministério sul-coreano da Defesa.

A Coreia do Norte havia avisado pela manhã que realizaria exercícios reais de disparos no Mar Amarelo, perto da fronteira marítima.

A última aconteceu em novembro de 2010. Pyongyang bombardeou na época uma ilha sul-coreana próxima a esta fronteira, matou quatro pessoas e levou a península à beira do conflito.

Batizada de "Linha do limite do Norte", a fronteira foi traçada pelas forças das Nações Unidas e dos Estados Unidos em 1953, ao fim da Guerra da Coreia. Mas o Norte a rejeita e se nega a reconhecê-la.

"O objetivo é nos ameaçar"


Yang Moo-Jin, professor da Universidade de Estudos norte-coreanos de Seul, estima que não há um "verdadeiro risco de escalada".

"A Coreia do Norte espera manter a pressão sobre a retomada do diálogo" no âmbito das negociações dos Seis (as duas Coreias, Rússia, Japão, China e Estados Unidos) sobre o fim de seu programa nuclear em troca de ajuda econômica, afirma.

Segundo o porta-voz do ministério sul-coreano da Defesa, Wi Yong-Seop, Pyongyang "enviou a mensagem para deixar claro que suas intenções eram hostis".

"O objetivo é nos ameaçar, atiçar as tensões nas fronteira no Mar Amarelo e na península em geral", estimou. O Norte designou sete zonas marítimas e advertiu Seul que mantivesse seus barcos à distância.

"Indicamos ao Norte que responderíamos com vigor aos disparos que pudessem cair do outro lado da fronteira", indicou o porta-voz do Estado-Maior dos exércitos.

No domingo, Pyongyang avisou que não excluía um quarto teste nuclear, sob outra forma, possivelmente uma alusão à preparação de uma carga nuclear suficientemente pequena para ser colocada em uma ogiva.

Os especialistas consideram, no entanto, que ainda não controla a técnica necessária para fabricar uma bomba atômica miniaturizada que possa ser colocada em um míssil.

A Coreia do Norte já realizou três testes nucleares, em outubro de 2006, em maio de 2009 e em fevereiro de 2013.


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