Inspeções realizadas em aviões Boeing 787 Dreamliner, foco de uma série de incidentes, mostraram que o modelo é seguro, apesar da identificação de problemas na sua fabricação, anunciou nesta quarta-feira a Agência Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos.
O órgão regulador decidiu em dezembro de 2012 investigar a fundo a concepção, a fabricação e o processo de montagem dos 787, depois de diversos problemas técnicos, incluindo um incêndio.
A FAA "conclui que a aeronave está absolutamente bem planejada, que responde ao nível de segurança requerido, que o fabricante e a FAA têm processos efetivos para identificar e corrigir os problemas surgidos antes e depois da certificação" do avião, informou a agência em um comunicado.
A inspeção começou em 11 de janeiro de 2013, três dias depois de um incêndio ocorrido em Boston (noroeste dos Estados Unidos) em um 787 da Japan Airlines, que aterrissava de um voo procedente do Japão.
Além da instalação elétrica, especialmente a bateria, a investigação se concentrou na confiabilidade dos sistemas de segurança das aeronaves já em operação.
Para isso, as equipes compararam os dados do Dreamliner com os de outros modelos do fabricante, entre eles o Boeing 777.
Durante a inspeção, a agência indicou ter encontrado problemas no processo de fabricação e na supervisão destes problemas.
Tanto a FAA como a Boeing afirmaram estar tomando as medidas necessárias para implementar as recomendações do estudo, incluindo a identificação de possíveis riscos.
Esses diferentes problemas técnicos, que atrapalharam a entrega de aviões, chegaram a manchar a imagem do 787, a última grande aeronave da Boeing.