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Estado de Minas

Crimeia: 95% dos eleitores defendem anexação à Rússia em referendo , diz governo


postado em 16/03/2014 17:52 / atualizado em 16/03/2014 18:47

Nas ruas de Simferopol, uma multidão pró-Rússia celebrou o resultado(foto: DIMITAR DILKOFF / AFP)
Nas ruas de Simferopol, uma multidão pró-Rússia celebrou o resultado (foto: DIMITAR DILKOFF / AFP)
Os habitantes da Crimeia decidiram com 95,5% dos votos se integrar à Rússia em um referendo realizado neste domingo, de acordo com resultados preliminares após a apuração de 50% dos votos, informaram autoridades locais. O presidente da Comissão do Referendo, Mykhaylo Malyshev, declarou que 3,5% dos eleitores votaram pela permanência da Crimeia na Ucrânia com mais autonomia e 1% dos votos eram nulos. Mais cedo, uma pesquisa de boca de urna divulgada pelas autoridades já indicava o favoritismo da Rússia. Os dados apontavam para 93% dos votos apoiando a reintegração e 7% a favor da manutenção da Crimeia como parte da Ucrânia. O primeiro-ministro da Crimeia, Sergei Aksyonov, saudou imediatamente esta decisão que considerou histórica. "Voltamos para casa!", afirmou em meio à multidão em Simferopol. Em sua conta no Twitter, Aksyonov agradeceu o apoio do povo da Crimeia. "Obrigado a todos os que participaram do referendo e expressaram sua opção. Agora tomamos uma decisão muito importante que entrará para a história", declarou. Já a Casa Branca rejeitou os resultados do referendo e criticou as ações perigosas e desestabilizadoras de Moscou nesta crise. "Este referendo é contrário à Constituição da Ucrânia, e a comunidade internacional não reconhecerá os resultados desta votação realizada sob ameaças de violência e intimidação por parte da intervenção militar russa que viola as leis internacionais", declarou o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney. "Os Estados Unidos têm apoiado firmemente a independência, a soberania e a integridade territorial da Ucrânia desde que ela declarou a sua independência, em 1991, e rejeitamos o 'referendo' realizado hoje (domingo) na região ucraniana da Crimeia", disse Carney. Carney ressaltou que a Rússia desdenhou dos apelos da Ucrânia e da comunidade internacional, aumentando sua intervenção militar na Crimeia e iniciando exercícios militares na fronteira oriental da Ucrânia. "As ações da Rússia são perigosas e desestabilizadoras", disse o porta-voz da Casa Branca. Ilegal e ilegítimo Horas antes da divulgação dos primeiros resultados, a União Europeia condenou oficialmente o referendo, classificando-o de "ilegal e ilegítimo", e anunciou que serão decididas sanções na segunda-feira. A Crimeia foi historicamente parte da Rússia até que a União Soviética a cedeu à Ucrânia, em 1954, por decisão de Nikita Khrushchev. No entanto, Moscou manteve no porto de Sebastopol a base de sua frota no Mar Negro. A população da região é, em sua maioria, de língua russa, e favorável à incorporação à Rússia. Já as minorias ucraniana e tártara, que representam 37% da população, haviam pedido o boicote do referendo. Os eleitores deveriam optar entre "a reunificação com a Rússia como membro da Federação Russa" ou o retorno a um status de 1992, que nunca foi aplicado e que concede uma maior autonomia à região. A opção de manter o status atual dentro da Ucrânia não fazia parte das opções.


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