(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Ucranianos da Crimeia votam em massa a favor de anexação à Rússia

Uma pesquisa de boca de urna divulgada pelas autoridades separatistas afirmou que 93% dos habitantes da Crimeia é a favor da reintegração à Rússia


postado em 16/03/2014 16:26 / atualizado em 16/03/2014 16:45

Com bandeiras da União Soviética e da Rússia, ucranianos da Crimeia comemoraram a ida às urnas(foto: AFP PHOTO/ VIKTOR DRACHEV )
Com bandeiras da União Soviética e da Rússia, ucranianos da Crimeia comemoraram a ida às urnas (foto: AFP PHOTO/ VIKTOR DRACHEV )

A Crimeia votou neste domingo por uma esmagadora maioria a favor da reunificação desta península ucraniana à Rússia, em um referendo denunciado por Kiev e pelo Ocidente. "Noventa e três por cento dos habitantes da Crimeia votaram neste domingo a favor de se integrar à Rússia, e 7% se pronunciaram a favor do status autônomo da Crimeia dentro da Ucrânia", de acordo com uma pesquisa de boca de urna divulgada pelas autoridades separatistas da Crimeia.

O primeiro-ministro da Crimeia, Sergei Aksyonov, saudou imediatamente esta decisão histórica.

"Obrigado a todos os que participaram do referendo e expressaram sua opção. Agora tomamos uma decisão muito importante que entrará para a história", declarou Aksyonov em sua conta no Twitter.

Já a Casa Branca rejeitou os resultados do referendo e criticou as ações perigosas e desestabilizadoras de Moscou nesta crise.

"Este referendo é contrário à Constituição da Ucrânia, e a comunidade internacional não reconhecerá os resultados desta votação realizada sob ameaças de violência e intimidação por parte da intervenção militar russa que viola as leis internacionais", declarou o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.

"Os Estados Unidos têm apoiado firmemente a independência, a soberania e a integridade territorial da Ucrânia desde que ela declarou a sua independência, em 1991, e rejeitamos o 'referendo' realizado hoje (domingo) na região ucraniana da Crimeia", disse Carney.

Carney ressaltou que a Rússia desdenhou dos apelos da Ucrânia e da comunidade internacional, aumentando sua intervenção militar na Crimeia e iniciando exercícios militares na fronteira oriental da Ucrânia.

"As ações da Rússia são perigosas e desestabilizadoras", disse o porta-voz da Casa Branca.

Horas antes da divulgação dos primeiros resultados, a União Europeia condenou oficialmente o referendo, classificando-o de "ilegal e ilegítimo", e anunciou que serão decididas sanções na segunda-feira.

A Crimeia foi historicamente parte da Rússia até que a União Soviética a cedeu à Ucrânia, em 1954, por decisão de Nikita Khrushchev. No entanto, Moscou manteve no porto de Sebastopol a base de sua frota no Mar Negro.

A população da região é, em sua maioria, de língua russa, e favorável à incorporação à Rússia. Já as minorias ucraniana e tártara, que representam 37% da população, haviam pedido o boicote do referendo.

Os eleitores deveriam optar entre "a reunificação com a Rússia como membro da Federação Russa" ou o retorno a um status de 1992, que nunca foi aplicado e que concede uma maior autonomia à região.

A opção de manter o status atual dentro da Ucrânia não fazia parte das opções.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)