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Estado de Minas

"Tolerância zero" contra comércio ilegal de animais


postado em 12/02/2014 20:07

"Nós devemos mostrar tolerância zero" com a praga do comércio ilegal de animais, declarou o chanceler britânico, William Hague, nesta quarta-feira, véspera de uma conferência internacional sobre o assunto.

"Seria uma tragédia se algumas espécies [tigres, elefantes, rinocerontes e orangotangos] desaparecessem por causa da ignorância e ganância humana", declarou Hague durante uma recepção no Museu de História Natural de Londres sobre o tema do comércio ilegal de animais selvagens.

"Devemos mostrar tolerância zero diante da corrupção e deixar claro o compromisso de todos os governos de não estabelecer vínculos comerciais com produtores que usam espécies em perigo", ressaltou o ministro.

O príncipe William também expressou o desejo de que a conferência de quinta-feira possa marcar "o início do fim deste comércio absurdo".

"Nós estamos reunidos esta noite em prol de uma causa única e compartilhada, que é usar nossa influência para colocar um ponto final na história de abatimentos ilegais e de tráfico de espécies emblemáticas que estão ameaçadas de desaparecer de nosso planeta", afirmou o príncipe durante a recepção.

A conferência discutirá "propostas para a verificação de estoques apreendidos e a destruição do marfim comercializado ilegalmente", anunciou William Hague. Ele também disse esperar que a cúpula permita "ajudar financeiramente o Plano de Ação para o elefante da África", ao qual chamou de "crucial".

Os presidentes de Botswana, do Chade, do Gabão e da Tanzânia estarão presentes na conferência que reunirá 46 países e 11 organizações internacionais.

O acordo global busca incluir "as nações africanas, berços de grande número de espécies atingidas" pelo tráfico, assim como países como a China ou o Vietnã, destinatários frequentes dos produtos ilegais - explicou o ministério britânico no Meio Ambiente em comunicado.

Segundo a União Europeia, o chifre do rinoceronte tornou-se mais valioso do que o ouro, e seu quilo é negociado por 40.000 euros (cerca de 120.000 reais). Os ossos de tigre, muito utilizados na medicina asiática tradicional, chegam a custar 900 euros por quilo.

O tráfico de marfim é impulsionado por uma grande demanda da China e, em menor escala, da Tailândia - apesar do acordo internacional que suspende este comércio, decidido em 1989.

O número de elefantes africanos mortos pelo tráfico dobrou nos últimos 10 anos. Em 2012, foram 22.000 casos.


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