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Gazprom e Gap levam 'Prêmio da Vergonha' em Davos

Empresas foram eleitas as piores do ano por ativistas, uma por poluir o Ártico, e a outra por usar mão de obra da fábrica que pegou fogo e matou 1.127 em Bangladesh


postado em 23/01/2014 17:22 / atualizado em 23/01/2014 19:26

(foto: AFP PHOTO/GREENPEACE/Flurin Bertschinger)
(foto: AFP PHOTO/GREENPEACE/Flurin Bertschinger)


Ativistas presentes do Fórum Econômico Mundial, nesta quinta-feira, em Davos, atribuíram à gigante americana do vestuário Gap e à petrolífera russa Gazprom os 'Prêmios da Vergonha', indicados pelo Olho Público sobre Davos, devido aos baixos padrões de segurança nas fábricas e à exploração de petróleo no Ártico.

Durante "cerimônia de premiação" celebrada à margem do encontro anual da elite mundial na estação de esqui suíça, a organização ambientalista Greenpeace e a ONG Declaração de Berna anunciaram que a Gap faturou o prêmio do júri, enquanto a Gazprom foi eleita pela internet ao prêmio do público.

Os ativistas criticaram a Gap por não firmar um acordo de segurança depois de um incêndio em uma fábrica em Bangladesh que matou 1.127 pessoas. "As marcas internacionais que produzem em Bangladesh, como a Gap, falharam em assegurar que seus fornecedores atendam aos padrões mais básicos de segurança, determinados pela legislação local", anunciaram em um comunicado. "Além disso, funcionários do setor do vestuário têm jornadas insuportavelmente longas em troca de salários baixos", acrescentaram.

Um grupo de varejistas concordou em realizar inspeções de segurança independentes de incêndio em prédios de Bangladesh e pagar por consertos nas fábricas, se necessário. Os grupos americanos Walmart e Gap, no entanto, decidiram se ater à auto-regulação e desprezaram o acordo, provocando revolta. O Walmart prometeu inspecionar seus 279 fornecedores bengaleses e publicar os resultados, enquanto a Gap destacou que já lançou seu própria protocolo de segurança.

Alvo favorito dos ativistas


A outra companhia criticada foi a Gazprom pela exploração de petróleo no mar de Barents, no Ártico. Os ativistas alegaram que a empresa "já violou várias regulamentações federais ambientais e de segurança". Eles afirmaram que a Gazprom não estaria em posição de lidar com um potencial vazamento de petróleo na região. "Um vazamento destes causaria uma poluição séria e de longo prazo à sua frágil região", afirmaram os ativistas.

Em setembro, trinta ativistas russos e estrangeiros, entre eles a brasileira Ana Paula Maciel, foram detidos depois de protestar contra a exploração de petróleo da Gazprom no Ártico, um ato que os levou à prisão, antes de serem soltos sob fiança e se beneficiarem de uma anistia apoiada pelo Kremlin.

Contatada pela AFP, a Gazprom se recusou a fazer comentários sobre a premiação, enquanto a Gap não apresentou ninguém imediatamente disponível para responder.

As ONGs atribuem o Prêmio da Vergonha à margem da reunião anual da elite política e econômica mundial em Davos desde o ano 2000. Os ganhadores do ano passado foram o banco de investimentos Goldman Sachs e a companhia de energia anglo-holandesa Shell.


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