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Estado de Minas

Primeiro encontro antes do começo das negociações no Sudão do Sul


postado em 04/01/2014 19:10

As partes em conflito no Sudão do Sul se encontraram pela primeira vez neste sábado em Adis Abeba, antes do começo das negociações diretas, no domingo, para obter um cessar fogo depois de três semanas de conflito, anunciou o Ministério das Relações Exteriores etíope.

Neste sábado, no setor de Juba (capital do Sudão do Sul) onde se encontram o palácio presidencial, o parlamento e a maioria dos Ministérios, foram ouvidos disparos de armas automáticas assim como explosões e tiros de artilharia.

Em Adis Abeba, o ministro das Relações Exteriores etíope, Tedros Adhanom, declarou: "desejamos que estas negociações diretas para a paz no Sudão do Sul, que estão oficialmente abertas, sejam um sucesso"."O Sudão do Sul merece a paz e o desenvolvimento, e não a guerra. Estamos muito satisfeitos com os membros das duas equipes de negociações pelos progressos alcançados hoje", acrescentou.

Segundo o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores etíope, Dina Mufti, as discussões diretas começarão domingo às 10h00 (horário de Brasília).

"O governo do Sudão do Sul e a oposição se comprometeram a resolver suas diferenças políticas pela via do diálogo", declarou Seyum Mesfin, ex-ministro etíope do setor e enviado especial do IGAD, bloco regional de países do leste da África, que atua como mediador nestas negociações.

Acredita-se que milhares de pessoas morreram nos combates entre unidades militares leais ao presidente Salva Kiir e os membros de uma aliança étnica de milicianos e comandantes militares amotinados liderados pelo ex-vice-presidente Riek Machar. Os confrontos começaram em 15 de dezembro, quando Kiir acusou Machar de planejar um golpe de Estado.

Neste sábado, o exército combateu para recuperar o controle da cidade estratégica de Bor, capital do estado de Jonglei, um dos maiores do país.

Houve intensos combates, com disparos desde tanques e de artilharia, nos arredores da cidade, que mudou três vezes de mãos em apenas três semanas de conflito.

O IGAD, integrado pela Etiópia, Quênia e Uganda - três países que apoiam fervorosamente o governo do presidente Kiir - desempenhou um papel chave no acordo que em 2005 pôs fim a décadas de guerra civil no Sudão.

Uganda mobilizou tropas no interior do país para ajudar a evacuar seus habitantes e reforçar o apoio militar ao presidente Kiir.


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