A ONU informou nesta terça-feira ter encontrado "um grande número" de corpos de prisioneiros e de civis no Sudão do Sul, cujo conflito interno se agrava.
A missão da ONU no Sudão do Sul (UNMISS) denunciou que "atrocidades continuam sendo cometidas" no país, apesar de o presidente Salva Kiir e seu ex-vice-presidente, Riek Machar, terem concordado em iniciar negociações para por fim às hostilidades.
"A UNMISS está muito preocupada com as crescentes evidências de graves violações da legislação internacional sobre direitos humanos que acontecem no Sudão do Sul nos últimos 15 dias", garante a missão, em um comunicado.
"Execuções extrajudiciais de civis e soldados capturados aconteceram em várias partes do país, como ficou claro com a descoberta de inúmeros corpos na capital", Juba, assim como em Malakal e Bor, as cidades mais importantes nos estados do Alto Nilo e de Jonglei.
"Condeno nos termos mais firmes as atrocidades cometidas contra civis inocentes de diferentes comunidades por elementos de ambas as partes", disse Hilde Johnson, representante da ONU no Sudão do Sul.
O Sudão do Sul não é parte da Corte Penal Internacional, e o presidente já criticou o organismo.