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Estado de Minas

Putin diz que lutará contra os terroristas até sua eliminação total


postado em 31/12/2013 14:46

O presidente russo Vladimir Putin declarou nesta terça-feira que a Rússia continuará com a luta contra os terroristas até sua eliminação total, em sua primeira reação pública aos dois atentados suicidas que deixaram 34 mortos em Volgogrado (sudoeste).

"Durantes o ano que passou, nos vimos confrontados com problemas e sérios desafios, em particular atos terroristas desumanos em Volgogrado, e as catástrofes sem precedentes no Extremo Oriente", declarou em um discurso para o Ano Novo pronunciado em Khabarovsk, Extremo-Oriente russo, devastada por inundações sem precedentes, segundo as agências russas.

"Queridos amigos, nós nos inclinamos ante as vítimas dos terríveis atentados. Estou certo de que vamos continuar com força e sem pausa a luta contra os terroristas até sua eliminação total", declarou ainda.

Putin fez as declarações durante a viagem a Khabarovsk, que fica sete fusos horários à frente em relação a Moscou.

Curiosamente, o discurso de Ano Novo de Putin foi difundido antes nas regiões mais afastadas, como Magadan e Kamtchatka, e não mencionava os atentados realizados no domingo e na segunda-feira em Volgogrado.

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, explicou que Putin rompeu com uma longa tradição ao pronunciar dois discursos diferentes.

Em função de um "problema técnico", os cidadãos russos tiveram dois discursos de Ano Novo, um que menciona os atentados em Volgogrado, e outro que não, declarou Peskov à rádio Eco de Moscou.

Rússia enterra suas vítimas

A Rússia se prepara para iniciar 2014 com fortes medidas de segurança e com o sepultamento das primeiras vítimas dos dois atentados suicidas em Volgogrado, a poucas semanas dos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi.

Volgogrado começou a enterrar os mortos do atentado de domingo na principal estação de trens da cidade, atribuído pelas autoridades a uma mulher-bomba procedente da região do Daguestão, no Cáucaso Norte.

O Kremlin ordenou na segunda-feira ao serviço antiterrorista um reforço da segurança depois da explosão de um ônibus elétrico, menos de 24 horas depois do atentado na estação central de Volgogrado, a antiga Stalingrado.

O balanço total dos dois atentados subiu a 34 mortos, anunciou o porta-voz do ministério local de Situações de Emergência, Dmitri Ulanov.

O porta-voz informou ainda que o balanço do atentado cometido na segunda-feira contra um ônibus elétrico subiu de 14 para 15 mortos.

O balanço anterior era de 31 mortos no total: 17 na explosão de domingo na estação central de trens de Volgogrado e 14 no ataque de segunda-feira contra o ônibus.

O ministério da Saúde informou na segunda-feira à noite que seis feridos estavam em condição crítica e 13 em estado grave.

As duas explosões, não reivindicadas, foram atribuídas a suicidas e os investigadores apontaram semelhanças entre os explosivos utilizados, dando força à tese de ataques coordenados.

Festejos anulados em Volgogrado

O Ano Novo é a celebração mais popular na Rússia e o início do período de festas marcado pelo Natal ortodoxo.

Milhares de pessoas se reunirão na Praça Vermelha, ao lado do Kremlin, na noite de 31 de dezembro, com medidas de segurança reforçadas, como o aumento das operações nas estradas e a presença de cães farejadores em locais públicos.

Em São Petersburgo, a segunda maior cidade do país, as autoridades decidiram cancelar a queima de fogos de artifício depois dos atentados.

Na cidade de Volgogrado, em estado de alerta, foram canceladas todas as festividades por decisão da comissão antiterrorista, enquanto as autoridades da cidade pediram aos moradores que não usem fogos de artifício.

Mais de 4.000 policiais e oficiais das forças especiais foram mobilizados na cidade, onde 90 pessoas foram interrogadas, segundo a agência oficial Itar-Tass.

Alexander Bortnikov, diretor do serviço secreto, pediu a compreensão dos moradores para as "medidas necessárias".

Para analistas, os atentados pretendem criar um clima de terror no país antes dos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi (7 a 23 de fevereiro).

O líder da rebelião islamita, Doku Umarov, pediu em julho que seus simpatizantes impedissem "por todos os meios" as Olimpíadas.

O governo dos Estados Unidos ofereceu ajuda a Moscou para reforçar a segurança do evento esportivo, anunciado como um dos mais caros da história com um orçamento de de 50 bilhões de dólares.

A Rússia não respondeu a proposta de Washington, mas o Kremlin informou que Putin enviou uma mensagem de Ano Novo ao presidente Barack Obama, na qual destaca a intenção de Moscou de "seguir participando no diálogo construtivo e no fortalecimento da confiança e da compreensão" entre os dois países.


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