O ministro da Defesa da República Democrática do Congo (RDC), Alexandre Luba Ntambo, declarou nesta segunda-feira que a situação está "totalmente" nas mãos do Exército, depois dos inúmeros ataques registrados, sobretudo, na capital, Kinshasa, e em Lubumbashi, segunda maior cidade do país.
"Temos total controle sobre a situação. Agora, a questão é saber quem são esses agressores. Essa é uma questão que eu não quero responder agora, enquanto estivermos no meio da investigação", disse Luba Ntambo à imprensa, durante uma visita aos locais alvejados nesta segunda, em Kinshasa.
Nesta segunda pela manhã, um grupo fez jornalistas da televisão pública RTNC de reféns. Pouco depois, tiros ressoaram no aeroporto internacional de Ndjili e no Estado-Maior, em Kinshasa. Em Lubumbashi (sudeste), tiros também foram ouvidos, assim como em Kindu (leste), onde o aeroporto foi alvejado.
"Em relação a Kindu, (...) um pequeno grupo tentou desarmar dois ou três seguranças no aeroporto. Eles foram neutralizados. Então, não houve um evento maior", afirmou Ntambo.
"O Exército e a polícia responderam como se deve. Esses indivíduos foram neutralizados e nós pedimos à população que voltasse, tranquilamente, para suas atividades (...) Além disso, muitos moradores de Kinshasa nem se deram conta de que qualquer coisa estava acontecendo", afirmou o ministro.
Ao todo, os ataques deixaram "mais de 70 mortos", disse à AFP nesta segunda à noite o porta-voz do governo, Lambert Mende, ressaltando que um balanço mais preciso será divulgado na terça-feira.
"Ao todo, em Kinshasa, 52 terroristas foram mortos, 39 foram capturados - dos quais dois feridos estão sob cuidados médicos - e nove civis ficaram feridos: sete na RTNC, que também estão sob cuidados médicos, e dois no aeroporto", declarou à RTNC.
Ele acrescentou que três militares foram mortos - um oficial no quartel-general e outros dois na RTNC.