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Estado de Minas

Europa central e oriental não tem pressa para entrar na Eurozona


postado em 28/12/2013 10:55

A Letônia entra no dia 1º de janeiro na Eurozona, sua vizinha Lituânia planeja fazê-lo em 2015, mas os demais países candidatos da Europa central e oriental não têm pressa.

Alguns, como Hungria ou Bulgária, estão longe de cumprir os requisitos. Outros, como Polônia ou República Tcheca, consideram mais vantajoso conservar suas moedas nacionais por um certo tempo.

Segundo o Swedbank, a Lituânia tem muitas chances de alcançar seu objetivo de adesão no dia 1º de janeiro de 2015 e "as possibilidades da Lituânia de respeitar os critérios de Maastricht aumentam". Com uma inflação anual média reduzida a 1,3%, "a hipótese de sua entrada na Eurozona em 2015 é a mais plausível", estima a entidade bancária, ainda mais quando o litas lituano está nivelado com o euro desde 2005, assim como o lats letão.

A Polônia, peso pesado econômico da região, registra um crescimento sólido e espera respeitar em 2015 todos os critérios de Maastricht, mas não tem pressa em adotar o euro.

Seu novo ministro das Finanças, Mateusz Szczurek, coloca em xeque as virtudes da divida europeia.

"As supostas vantagens da Eurozona - melhor posicionamento da economia em relação ao acesso ao capital e seu custo vantajoso, estabilidade dos financiamentos estrangeiros - foram mera ficção", afirma.

Na República Tcheca, um país que emerge com dificuldade de uma longa recessão, o ministério das Finanças e o Banco Central CNB recomendam não fixar nenhuma data para a adoção do euro.

Segundo o governador do CNB, Miroslav Singer, Praga pode adotar o euro em 2019 e este assunto não figura entre as prioridades da nova coalizão governamental.

Custos e benefícios

"Os países euroentusiastas no sentido amplo do termo, como Polônia, Hungria ou Romênia, consideram inevitável a adesão ao euro, mas avaliam, sobretudo, os custos e benefícios, não falo apenas de governo, mas também de populações", explica à AFP Witold Orlowski, especialista do PricewaterhouseCoopers.

Para o governo conservador húngaro, o euro é uma perspectiva longínqua. "Quando pensamos na adesão à Eurozona, não estamos falando dos próximos anos, mas das duas ou três próximas décadas", declarou recentemente o primeiro-ministro, Viktor Orban.

Na Bulgária, o governo instalado desde maio mostra-se otimista. "Vamos nos candidatar à Eurozona quando estivermos seguros de que a economia se reativou", declarou na segunda-feira em Sofia o ministro das Finanças, Petar Shobanov, informando que este momento virá durante o mandato quatrienal do governo atual.

O primeiro-ministro romeno, Victor Ponta, preconizou recentemente a entrada na Eurozona em 2018, o ano do centenário da criação da Romênia.

A Croácia, acolhida em julho na União Europeia, também se mostra prudente. "Diante da nossa alta dívida e do longo período necessário para reduzir nossa dívida abaixo de 3% do PIB, a Croácia não poderá se candidatar à Eurozona em menos de três ou quatro anos", declarou recentemente o ministro croata das Finanças, Slavko Linic.

No entanto, uma pesquisa do Eurobarômetro mostrou em agosto que 61% dos croatas são partidários da moeda europeia e 34% são contra.

Três países ex-comunistas formam parte da Eurozona. A experiência de Eslováquia e Estônia, incorporadas respectivamente em 2009 e 2011, é positiva, ao contrário da Eslovênia, que adotou o euro em 2007, pouco antes da crise mundial.

A Eslováquia tem uma inflação de 0,5%, seu PIB aumentou 0,9% neste ano, contra 2% no ano passado. A previsão para 2014 é de 2,1%.

Na Estônia, a inflação havia avançado a 5% no ano da adesão, mas voltou a cair a 3,9% em 2012 e a 1,5% no mês passado. Seu PIB deve crescer 3% no próximo ano, depois do 1,3% esperado para 2013.

Já na Eslovênia a dívida triplicou. Seu PIB diminuiu 2,7% neste ano e deve voltar a cair 1% no próximo ano, depois de baixar 2,3% no ano passado.


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