A primeira-ministra tailandesa, Yingluck Shinawatra, se negou nesta terça-feira a renunciar e pediu aos manifestantes da oposição que retornem para suas casas.
Na segunda-feira o governo anunciou a dissolução do Parlamento e eleições antecipadas em fevereiro, como desejavam os manifestantes, mas os opositores decidiram permanecer nas ruas.
"Os manifestantes conseguiram o que queriam e dissolvi o Parlamento para devolver o poder ao povo", disse Yingluck Shinawatra.
"Por isto, agora quero pedir que parem e que utilizem o sistema eleitoral para escolher o próximo governo", completou a primeira-ministra, antes de insistir que o governo tem a obrigação legal de trabalhar até as próximas eleições.
Os manifestantes, uma aliança entre as classes altas de Bangcoc ligadas à oposição e grupos ultramonárquicos, exigem há um mês nas ruas da capital do país o fim do que chamam de "sistema Thaksin", o nome do irmão de Yingluck.
Thaksin, primeiro-ministro derrubado em um golpe de Estado em 2006, continua sendo uma peça chave da política tailandesa apesar do exílio. Tem o apoio incondicional da população rural e urbana mais pobre, mas a elite da capital o odeia e o considera uma ameaça para a monarquia.
A oposição, que reuniu 140.000 pessoas nas manifestações de segunda-feira, programou uma nova mobilização para esta terça-feira.