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Estado de Minas

Justiça francesa dará veredicto terça sobre escândalo das próteses PIP


postado em 09/12/2013 17:55 / atualizado em 09/12/2013 18:02

O tribunal correcional de Marselha (sul da França) vai dar seu veredicto nesta terça sobre o caso dos implantes mamários defeituosos da empresa francesa PIP, no qual 7.4 mil vítimas, 2.500 delas estrangeiras, se declararam demandantes. No processo, concluído em 17 de maio, cinco diretores da empresa se apresentaram para responder às acusações de fraude agravada.

A promotoria pediu quatro anos de prisão aos cinco acusados, 100 mil euros de multa e a proibição de exercer a medicina e administrar empresas, a começar por Jean-Claude Mas, "o aprendiz de feiticeiro das próteses", nas palavras do promotor.

Com 74 anos, Mas, fundador da empresa, é o único acusado que chegou a ser preso, tendo cumprido oito meses de prisão preventiva. Ele e os outros diretores da empresa acusados - Hannelore Font, Claude Couty, Loïc Gossart e Thierry Brinon - "esperam a decisão com apreensão" e "ansiedade", afirmaram seus advogados.

Todos reconheceram a fraude, descoberta em março de 2010, que consistia no uso de um gel de silicone não homologado para uso médico ao invés do gel Nusil, que a empresa dizia utilizar. Mas, que pediu desculpas diante do tribunal, insistiu em negar a nocividade do produto que usava. Os outros acusados, à exceção de um, disseram que não sabiam dos riscos.

O último balanço da Agência Nacional francesa de Segurança de Medicamentos (ANSM) contabilizou 7.500 rompimentos e 3.000 efeitos indesejáveis das próteses adulteradas, em particular "reações inflamatórias".

O número de portadoras das próteses PIP é calculado em 30 mil na França e em centenas de milhares no mundo, muitas delas na América Latina.

Neste processo, se declararam demandantes 7.445 mulheres. Entre 300 e 400 delas assistiram ao primeiro dia do processo, em 17 de abril passado.

Também foram demandantes a empresa de controle de qualidade alemã TÜV e a ANSM. Em uma ação em paralelo apresentada em um tribunal civil, a justiça francesa considerou responsável a empresa TÜV, que era encarregada da certificação de qualidade das próteses, avaliando que ela "faltou com suas obrigações de controle", e a condenou a "reparar os danos" causados.


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