(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Chavismo e oposição reivindicam vitória nas eleições municipais


postado em 09/12/2013 06:31

O chavismo, com maior número de votos e prefeituras, e a oposição, com as principais cidades, reivindicaram vitória nas eleições municipais de domingo na Venezuela, que mostram um país dividido e com um mal-estar crescente com a crise econômica, segundo resultados parciais.

De acordo com os primeiros resultados, a aliança do presidente Nicolás Maduro tem 49,2% de votos, contra 42,7% da oposição, após a apuração em 257 dos 337 municípios nos quais a contagem é considerada "irreversível".

"O PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela, de Maduro) e suas alianças venceram 196 prefeituras; a MUD (Mesa de Unidade Democrática) e suas alianças 53 municípios; e outras organizações políticas oito prefeituras", anunciou Tibisay Lucena, presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que deve anunciar ainda nesta segunda-feira os resultados definitivos.

O resultado mostra um progresso do governo na comparação com a eleição presidencial de abril, quando Maduro venceu o líder opositor Henrique Capriles por apenas 1,5%, mas um retrocesso em número de votos em relação às municipais de 2008.

A oposição celebra a manutenção das "joias da coroa", a grande prefeitura do distrito metropolitano de Caracas, assim como a de Maracaibo, segunda cidade do país e rica em petróleo.

Opositores também venceram em outras grandes cidades: Valencia, Barquisimeto e a mais do que simbólica Barinas, reduto chavista e terra natal do falecido Hugo Chávez.

"O povo da Venezuela disse ao mundo que a Revolução Bolivariana continua com mais força", disse Maduro em um comício em Caracas.

A disputa eleitoral foi marcada pela alta inflação, escalada do dólar no mercado paralelo e problemas de desabastecimento.

"Há um avanço significativo da oposição, que tira prefeituras de cidades importantes do chavismo, e há avanços em votos totais em contraste com as municipais de 2008" disse à AFP o cientista político John Magdaleno.

"Maduro mantém a maioria, mas não tão folgada. Qualquer erro pode custar a base de apoio. Para a oposição, o desafio até as legislativas de 2015 é forjar uma maioria de opinião que possa ser convertida em maioria eleitoral", completou Magdaleno, diretor da consultoria Polity.

"A oposição mostra um crescimento significativo, mas não alcança o objetivo de castigar a gestão de Maduro", opina o analista Luis Vicente León, diretor da Datanális.

"Mas ao vencer os principais centros habitados do país, a oposição terá uma história para contar e fortalecerá sua estrutura" disse León.

Discreta celebração

Após a divulgação dos resultados das eleições, que registraram participação de quase 59%, o chavismo e a oposição celebraram em dois pontos de Caracas, mas de maneira discreta.

Maduro afirmou que sua vitória é um triunfo "do amor e da lealdade" a Chávez e pediu a renúncia de Capriles como líder opositor.

"Capriles tem a quarta derrota, duas derrotas presidenciais e duas derrotas regionais. Eu espero dele humildade e que aprenda a reconhecer que foi derrotado outra vez, que apareça ao país e renuncia ao comando político da MUD", afirmou Maduro.

O presidente, que negou o caráter de plebiscito que a oposição quis atribuir às eleições, aproveitou o discurso para anunciar novas medidas nos setores imobiliário e alimentício como parte das políticas contra uma suposta "guerra econômica".

Capriles afirmou que "a mensagem é muito clara. A Venezuela é um país dividido, não tem dono. Estamos construindo uma alternativa e não descansaremos até unir a Venezuela, a unidade é um valor, um patrimônio que deve ser conquistado".


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)