A França anunciou neste sábado o envio de novos reforços franceses e africanos à República Centro-Africana, com o objetivo de acelerar a transição política com eleições antes de 2015.
A força francesa no local passou neste fim de semana para 1.600 soldados, ou seja, 400 a mais do que era anunciado até então, com a missão de acabar com os massacres e desarmar as milícias, enquanto os homens da força africana no país vão chegar a 6.000.
Os anúncios foram feitos ao final de uma cúpula franco-africana pela paz e a segurança, neste sábado em Paris.
A intervenção francesa deve ajudar a nação, mergulhada no caos desde um golpe de Estado em março, a "encontrar a estabilidade, e permitir a realização de eleições livres e pluralistas", disse o presidente francês, François Hollande, insistindo que a intervenção francesa se dá "por questões humanitárias".
"É preciso realizar eleições o mais rápido possível (...), antes de 2015", insistiu Hollande. O calendário prevê um período de transição de 18 meses, a partir de fevereiro de 2015.
"Não podemos deixar um presidente que não fez nada, que deixou fazer", ressaltou o chefe de Estado francês, durante um encontro na noite deste sábado com a Rádio França Internacional e a rede de televisão TV5Monde, referindo-se ao líder centro-africano Michel Djotodia. Djotodia chegou ao poder com a coalizão rebelde islâmica Seleka, que derrubou o presidente François Bozizé, em março.
Os soldados franceses na República Centro-Africana em apoio à Misca terão como missão "acabar com os abusos" e deverão "desarmar todas as milícias e grupos armados que aterrorizam a população", afirmou Hollande.
Perguntado sobre a duração da operação "Sangaris", ele não estabeleceu um prazo para a retirada, prometendo simplesmente que ela será "rápida e eficaz". Os militares franceses, disse, ficarão "pelo tempo que for necessário" para realizar bem a sua missão.