A Etiópia já repatriou 100.000 cidadãos da Arábia Saudita depois que Riad decidiu expulsar os imigrantes ilegais de seu território, anunciou nesta quinta-feira o ministro das Relações Exteriores etíope, que diz esperar a chegada de outros 50.000.
"O número segue aumentando", declarou nesta quinta-feira à AFP a porta-voz do ministério das Relações Exteriores etíope, Dina Mufti.
No início de novembro, as autoridades etíopes previam que a repatriação afetaria 10.000 pessoas, mas ao fim do mês o número subiu a 80.000.
"As chegadas da noite procedentes da Arábia Saudita elevam a 100.620 o número de etíopes repatriados, afirmou o ministro das Relações Exteriores etíope, Tedros Adhanom.
"Todos os cidadãos retidos nos centros de detenção de Riad estão de retorno. Nos concentramos agora nas regiões de Jidá (capital econômica saudita) e de Jizan (sudoeste). Prevemos entre 40.000 e 50.000 retornos adicionais", completou.
Dina afirmou ainda que a operação de repatriação, iniciada em 13 de novembro, "deve terminar em uma semana ou duas se o ritmo atual prosseguir".
As autoridades etíopes anunciaram em novembro que pretendiam repatriar os cidadãos residentes ilegalmente na Arábia Saudita, após a morte de três deles em distúrbios que explodiram após a divulgação da campanha de expulsão de clandestinos decretada por Riad.