A Coligação Nacional Síria, principal grupo da oposição ao presidente Bashar Al Assad, apelou neste sábado à comunidade internacional em defesa de uma intervenção militar “ampla e forte”, que reduza a capacidade bélica do regime de Damasco. Em comunicado, o presidente da coligação, Ahmad Yarba, disse que “o mundo tem que responder de forma decisiva ao uso de armas químicas pelo regime”. Yarba também pediu que se "neutralize o perigo que o regime representa para o povo sírio e para a paz e a segurança regionais", de forma a evitar novos ataques com armas não convencionais.
Depois de 29 meses de “inatividade”, a comunidade internacional tem a obrigação moral de parar o uso “da violência excessiva e indiscriminada”, acrescentou o dirigente oposicionista. Os serviços de segurança sírios esperam um ataque militar contra o seu território “a qualquer momento”, mas dizem que o país está pronto para responder.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse ontem (30) que ainda não tomou uma “decisão final” sobre um possível ataque à Síria, mas admitiu uma ação “limitada” contra o regime de Bashar Al Assad pelo uso de armas químicas.
Obama, que falou na Casa Branca antes de participar de encontro com os chefes de governo dos países bálticos (Estônia, Letônia e Lituânia), condenou igualmente “a impotência” do Conselho de Segurança das Nações Unidas perante a questão síria, uma vez que a Rússia, um forte aliado de Damasco, bloqueou qualquer intervenção.
O presidente norte-americano apelou, por fim, ao mundo para que não fique paralisado perante a situação na Síria, numa reação à rejeição pelo Parlamento britânico de uma participação de Londres numa eventual intervenção armada contra o regime de Bashar Al Assad.
