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Estado de Minas

Cristãos no Egito estão apavorados


postado em 17/08/2013 00:12 / atualizado em 17/08/2013 07:24

O grupo de ativistas Tamarod, que deu início aos protestos que derrubaram Morsi em julho, pediu, em rede nacional, que cidadãos tomem as ruas para proteger o povo egípcio dos manifestantes islamitas, em especial impedindo que se repitam os ataques a mesquitas e igrejas. Cristãos egípcios estão aterrorizados após os últimos ataques a igrejas, lojas e casas que, segundo eles, foram realizados por seguidores de Mohamed Morsi.

Os agressores começaram a queimar igrejas no país pouco depois da sangrenta expulsão, na quarta-feira, dos seguidores do presidente deposto que acampavam em duas praças do Cairo. “As pessoas estão mortas de medo, ninguém se atreve a sair de casa”, disse Marco, um engenheiro de 27 anos por telefone à Agência France-Presse da cidade de Sohag. O pior é que os agressores “sabem onde os coptas vivem”, já que, depois de queimar várias igrejas, começaram com as casas.

A União Juvenil Maspero, um movimento da juventude copta, está convencida de que se trata de uma “guerra de represálias” contra a minoria religiosa, que representa 10% da população egípcia. O grupo acusou os seguidores de Morsi de convertê-los em alvo em resposta ao apoio do Papa dos coptos Tawadros II ao golpe militar que expulsou do poder em 3 de julho o líder islamita. A Iniciativa Egípcia pelos Direitos Humanos (EIPR), uma ONG local, afirma que na quarta-feira ao menos 25 igrejas foram queimadas, assim como escolas cristãs, lojas e casas nas 27 províncias do país.

Na Arábia Saudita, o rei Abdullah pediu aos árabes que fiquem juntos contra “tentativas de desestabilizar” o Egito, em uma mensagem de apoio à liderança militar egípcia e num ataque à Irmandade Muçulmana. “O reino da Arábia Saudita, seu povo e governo, permaneceu e permanece hoje com seus irmãos no Egito contra o terrorismo”, disse o rei em mensagem lida na televisão saudita, em uma aparente referência aos confrontos entre a Irmandade Muçulmana e a polícia. “Todos aqueles que se intrometem nas questões internas do Egito estão inflamando a agitação”, acrescentou.

O país prometeu US$ 5 bilhões (R$ 12 bilhões) em ajuda ao Egito depois que Morsi foi derrubado. A declaração do rei Abdullah foi o primeiro comentário da Arábia Saudita sobre a crise política no Egito, um país que é visto como um aliado vital contra o xiita Irã e os grupos islâmicos antiocidentais


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