Sete soldados georgianos da Força Internacional no Afeganistão foram mortos, e outros nove ficaram feridos, quando sua base sofreu um atentado suicida, informou o governo de Tbilisi nesta quinta-feira.
"Sete soldados morreram, depois que um terrorista camicase" detonou um caminhão carregado de explosivos dentro de uma base militar georgiana na província afegã de Helmand, anunciou o chefe do Estado-Maior do Exército da Geórgia, general Irakli Dzneladze.
"Outros nove soldados ficaram feridos", acrescentou.
Desde o início da intervenção internacional no Afeganistão, 30 militares georgianos foram mortos.
Em 13 de maio passado, três soldados georgianos foram mortos em um outro ataque suicida contra sua base no sul do país.
"Eu apresento minhas mais profundas condolências às famílias dos nossos heróis e a todos os georgianos", declarou à televisão o presidente pró-Ocidente, Mikhail Saakashvili.
"Devemos à sua memória continuar nosso caminho para a adesão à Otan", acrescentou.
A Geórgia, com 1.500 militares estacionados na província de Helmand, é o mais importante parceiro não membro da Otan na Força Internacional no Afeganistão, segundo o Ministério da Defesa.
O governo da Geórgia anunciou seu desejo de manter soldados no Afeganistão, em colaboração com o Exército local, depois que a Otan encerrar suas missões de combate no final de 2014.
A Otan se comprometeu a aceitar a Geórgia como membro, mas nenhum anúncio de data para essa adesão foi feito. O desejo de Tbilisi de integrar a coalizão ocidental irritou a Rússia, cujo governo vê a expansão da Otan na sua direção como uma ameaça.
Em agosto de 2008, os dois países se enfrentaram em uma guerra pelo controle da região georgiana pró-Rússia Ossétia do Sul.