A cotação do petróleo fechou em forte alta nesta segunda-feira em Nova York, em um mercado otimista após o acordo para um resgate financeiro do Chipre, apesar da incerteza sobre o impacto deste plano na zona do euro.
O barril de "light sweet crude" (WTI) para entrega em maio subiu 1,10 dólar, a 94,81 dólares, na New York Mercantile Exchange (Nymex), máxima desde 20 de fevereiro.
Em Londres, o barril de Brent do Mar do Norte com entrega em maio fechou a 108,17 dólares na Intercontinental Exchange (ICE), uma alta de 51 centavos em relação ao fechamento de sexta-feira.
O acordo alcançado nas primeiras horas de segunda-feira para evitar um default no Chipre e a possibilidade de que o país saísse da zona do euro, estimulou o apetite do mercado pelos ativos de risco, como o cru, que subiu durante as operações até 95,65 dólares.
"As potenciais consequências negativas para a demanda de petróleo se a crise se estendesse para outras economias da zona do euro, como Espanha ou Itália, fizeram o mercado temer o pior", destacou Matt Smith, da Schneider Electric.
"Daí vem a sensação de alívio e a retomada dos mercados hoje", acrescentou.
Neste sentido, após uma reação inicial positiva, os preços apagaram parte dos ganhos do dia.
"Depois que o acordo começar a ser aplicado, veremos que alguns depósitos serão fortemente afetados", disse Robert Yawger, da Mizuho Securities USA.
Além disso, o preço do WTI foi apoiado pela "retomada das atividades nas refinarias americanas após um período de manutenção, que alimentará a demanda de cru nos próximos meses", disse o analista independente Andy Lipow.
Os operadores também reagiram às declarações do ministro do Petróleo da Arábia Saudita, Ali al-Naimi, que disse à imprensa nesta segunda-feira que o preço do barril de petróleo em torno dos 100 dólares é "razoável".