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Estado de Minas

Nova York endurece lei sobre armas um mês depois de Newtown


postado em 15/01/2013 22:25

Nova York se tornou nesta terça-feira o primeiro Estado a reforçar as restrições aos fuzis de assalto nos Estados Unidos, impulsionado pela decisão de seu governador de mostrar "o caminho a seguir" ao restante do país após o massacre de Newtown.

A Assembleia estadual aprovou a nova legislação por 104 votos a 43, confirmando a vitória no Senado, na noite de segunda-feira, por 43 a 18.

"Hoje estou orgulhoso de ser um nova-iorquino. Não apenas porque Nova York tem a primeira lei, mas porque tem a melhor", disse o governador democrata Andrew Cuomo ao saudar a decisão dos congressistas.

A iniciativa, denominada Lei de Segurança contra as Armas e Munições de Nova York (NY SAFE, sigla em inglês), tapa vários buracos em uma lei estadual anterior contra os fuzis de assalto.

O projeto de lei reduz o tamanho máximo do carregador de dez para sete balas e amplia os requisitos de controle de antecedentes para todas as vendas.

Além disso, enfatiza a necessidade de se evitar que pessoas com doenças mentais tenham acesso a armas de fogo, enquanto endurece uma norma existente que permite à justiça ordenar que essas pessoas sejam submetidas a tratamento.

A votação foi realizada um mês depois do massacre na escola primária de Newtown (Connecticut, nordeste) que deixou 26 mortos, entre eles 20 crianças, assassinados por um jovem com problemas mentais de 20 anos que havia matado sua mãe minutos antes e que depois se suicidou.

Em seu discurso anual sobre situação do estado de Nova York, em 9 de janeiro, Cuomo havia afirmado que estava decidido a "mostrar o caminho" e "ser o exemplo para o país" em matéria de controle de armas.

De acordo com uma pesquisa Washington Post-ABC divulgada nesta terça, a maioria dos americanos (58%) apoia uma proibição total da venda de fuzis de assalto, como o utilizado Adam Lanza, o agressor de Newtown.

Em meio ao acalorado debate nos Estados Unidos em torno deste tema, o presidente Barack Obama defendeu na segunda uma proibição federal das armas com perfil militar e restrições aos carregadores de alta capacidade.

Os defensores do controle das armas afirmam que os fuzis de assalto, que permitem disparar vários tiros contra diversos alvos, possibilitam esse tipo de massacre.

Apesar disso, a posse de armas é fortemente defendida nos Estados Unidos e muitos consideram que qualquer restrição desrespeita seu direito constitucional de possuí-las.

No entanto, Cuomo rebateu esses argumentos ao ressaltar que ninguém precisa de um fuzil de assalto - semelhante aos utilizados pelos militares mas semi-automáticos- nem sequer para caçar.

"Ninguém caça com um fuzil de assalto. Ninguém precisa de 10 balas para matar um cervo", ressaltou.


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